Capitulo 04: Descobertas
Eu não conseguia descrever o que estava sentido, mais era uma felicidade incomum.
Edward continuava me encarando em silencio, devia estar esperando a minha reação.
-Você estava esperando há muito tempo?-apontei para o Volvo que estava no encostamento.
-Um pouquinho. - ele abriu um sorriso torto que fez meu coração acelerar ainda mais. -Mais valeu a pena.
-Então, oque devo a visita?-perguntei a primeira coisa que venho a minha cabeça.
-Como você não tem aparecido nas aulas, ultimamente. -ele parecia envergonhado. -Resolvi entregar a sua bolsa pessoalmente.
-Eu tinha me esquecido completamente dela. –encarei a bolsa por uns instantes. - não precisava se preocupa.
-Precisava sim. -disse ele num tom mais serio. Parecia que eu tinha dito uma coisa absurda. –Talvez você precisasse dela.
-Muito obrigada, mesmo. -disse honestamente.
-Acho que estou atrapalhando, nê?- perguntou ele olhando para a minha mão na maçaneta da porta.
-Não, de forma alguma. - olhei a porta por uns instantes. -Você quer entrar?
Eu não podia deixá-lo lá sozinho, seria uma falta de educação.
-Claro!
Abri a porta e entramos na pequena casa de minha mãe.
-Você quer alguma coisa para beber?-perguntei.
-Não. -disse Edward olhando as fotos que tinha na prateleira. -Acho que o conheço.
Edward apontou para um retrato que estava quase escondido, não pude evitar a cara de dor quando vi a foto.
Era uma foto de Jacob e eu, nos tínhamos 5 anos, e estamos na velha cachoeira.
Naquela época eu era realmente feliz, e não sabia.
-Acho que não. -respondi ao comentário de Edward. -Ele nunca esta por aqui. E como você se mudou há pouco tempo.
-È, você tem razão. Aquele quem é?-perguntou ele para uma foto mais recente.
-Meu irmão. -respondi sorrindo com a lembrança daquele dia da foto.
-Você parece gostar muito dele. -murmurou Edward.
-Sim, ele é uma das pessoas mais importantes da minha vida. -eu não havia mentindo em nada, mais quando se falava em importante incluía Jacob, também.
-É muito difícil irmãos se darem bem. Você teve sorte.
-É eu tive. -meu sorriso se desfez.
-Eu falei alguma coisa errada?-perguntou Edward preocupado.
-Não, é que meu irmão vai se mudar para Chicago, então, não vou vê-lo por muito tempo.
-A despedida é sempre difícil.
-É. - a imagem de Jacob invadiu minha mente. -Mais também são inevitáveis.
-Posso te perguntar uma coisa?-perguntou ele.
-Claro. -respondi me sentando no sofá.
-Você se sente só?- perguntou ele, se sentando ao meu lado.
Pensei na pergunta por um bom tempo, tentando arrumar uma boa resposta.
A resposta me chocou, eu me sentia sim.
Sentia como se eu não tivesse ninguém ao meu lado, ninguém que lute por mim.
-Não. -menti descaradamente. -Você não venho aqui só por causa da bolsa, não é?
-Não, eu não vim. -respondeu ele, colocando seus lindos olhos nos meus.
-Então porque venho?
-Porque eu queria ver você. -respondeu ele.
Eu não fazia a mínima idéia de como iria responder aquela afirmação.
-Bom, Edward, esta ficando tarde!- me levantei do sofá.
-Você tem razão. -ele me ofereceu a bolsa e eu a coloque-a no sofá. -Desculpa se eu disse algo inconveniente, mais, eu quero ser totalmente sincero com você, eu tenho que ser sincero.
-Eu não estou entendendo. -coloquei minhas mãos na cabeça.
-Eu prometi a mim mesmo que não mentiria para você, e estou tentando cumprir esta promessa.
-Talvez eu esteja te colocando na parede, mais não é a minha intenção, de forma alguma.
Eu realmente estava tentando entender as palavras de Edward, mais era como se estivessem milhares de abelhas na minha cabeça. Fazendo um barulho horrível.
-Dês que eu te vi não paro de pensar em você. Eu fico pensando em um bom motivo para vim vê-la. È como se você fosse o oxigénio, oque estou tentando dizer é que estou perdidamente apaixonado por você.
Eu não era tão burra a ponto de não entender, agora. Era como se ele estivesse desenhando.
-Apaixonado?Por mim?
-Por que não estaria?-ele se aproximou ainda mais de mim, e colocou sua mão em meu rosto.
Quando ele colocou sua mão sobre meu rosto, era como se eu tivesse tomado um choque de alta voltagem.
-Por favor, é melhor você ir... -eu não queria sentir oque estava sentindo.
Era como se Jacob simplesmente não existisse mais, como se meu amor por ele tivesse se transformado em nada.
Derepente, a gravidade da Terra não me prendia ao lugar onde eu estava. Todos os meus sentimentos em relação a Jacob desapareceram, eram como se nunca estivesse existido.
Todas as linhas que me seguravam na minha vida cortadas ao meio em pequenos pedaços como se tivessem recortado as cordas de um punhado de linhas. Tudo que havia me tornado aquilo que eu era - o amor pelo garoto que havia se casado, meu amor pelo meu pai, meu amor pelo meu irmão Eric, minha lealdade aos meus amigos, o amor pelos meus sonhos, meu lar, meu nome, eu mesma – se desconectado de mim naquele segundo - afundando, afundando, afundando - e flutuando.
Não importava mais nada, o mundo poderia explodir, eu não ligaria. Dês que estivesse com ele. Dês que eu tivesse o amor dele.
Dês que ele fosse feliz!
Eu não me importaria de morrer agora. Eu estava com um anjo, um anjo que era muito importante para mim!
Ele era mais importante que tudo, até mesmo que eu. Era como se a minha existência não importasse, até mesmo para mim.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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