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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O outro lado - capitulo 05

Capitulo 05: O meu verdadeiro amor por você

A minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. E aquele sentimento estranho não havia  me deixado, parecia que nunca deixaria.
Não conseguia tirar Edward da minha cabeça e do meu coração. E o pior era saber que  algum dia teria que enfrentá-lo, teria que vê-lo. Mesmo lutando contra todas as minhas células para ficar bem longe dele. No fundo eu queria vê-lo, eu precisava ver aqueles lindos olhos dourados que faziam meu coração acelerar.
Deus, o que estava acontecendo comigo?
A menos de vinte e quatro horas eu estava sofrendo com o casamento de Jacob e agora era como se ele nunca estivesse estado em meu coração.
Eu estava sinceramente me sentindo muito mal em relação a isso, eu me sentia uma pessoa fácil, fútil.
Como eu poderia esquecer Jacob em tão pouco tempo?
Tinha conhecido Edward a menos de duas semanas, mais pareciam séculos.
-Andie você vai chegar tarde na escola!- gritou minha mãe no andar de baixo.
Levantei-me rapidamente, era como se meu corpo se movimentasse sozinho, como se estivesse um imã enorme me puxando para  a porta.
Desci as escadas rapidamente, tentando não cair. Minha mãe estava na cozinha preparando um bolo.
-Estou indo. - avisei passando pela porta indo para a pequena porta que levava ao grande gramado da casa.
Meu irmão estava sentado no primeiro degrau da estada.
-Então, você vai querer uma carona?-perguntei me sentando ao seu lado.
-Não, mais obrigada mesmo assim. -ele sorriu como se estivesse aprontando.
Eu conhecia aquele cara do meu irmão, como se estivesse escondendo algo.
-Posso saber oque você esta aprontando?-perguntei olhando no fundo de seus olhos azuis.
-Sabia que você às vezes é muito irritante?- ele abriu um sorriso de orelha a orelha deixando claro que estava brincando.
-Vou sentir a sua falta. -sussurrei me lembrando que ele iria para Chicago em breve.
-Você sabe que ira poder me ver sempre, ficara cheia de mim. - seus lindos olhos pareciam tristes. - Eu também sentirei falta da minha irmãzinha. -ele fez questão de fazer uma careta quando disse irmãzinha. Mas no fundo eu sempre gostei que ele me chamasse assim. - Se você quiser eu não vou. Eu posso adiar um pouco mais a universidade.
-Não quero prejudicar mais a sua vida. -sussurrei. -Mais logo visitarei você, eu sempre quis andar de avião.
-Eu te ligarei todos os dias. -ele me abraçou. - Sentirei falta de você, sentirei falta da minha irmãzinha. Você sabe que se precisar pode contar comigo, não sabe?
-Claro que sei. -fiz uma careta. -Você não para de repetir isso.
-E nunca pararei. -ele olhou para o céu. -Você não tem aula?
Levantei-me num salto da escada. -Te vejo mais tarde!
Entrei no velho fusca de minha mãe 1951 e foi para a escola.
O estacionamento estava muito cheio e tive  que estacionar bem perto do Volvo prata. Olhei ao redor procurando por ele, mais não encontrei nada, nem sinal dos Cullen.
Respirei profundamente duas vezes, e sai do carro sem olhar para os lados.
Ângela estava me esperando na entrada da escola – como sempre-, eu ainda estava envergonhada por deixar ela na igreja  sozinha.
-Desculpe por deixar você na igreja, sozinha!-sussurrei baixinho.
-Meu pai entregou seu carro direitinho?-perguntou ela, olhando para o fusca.
-Entregou. Mais você não me disse se me perdoa?
-Claro que te perdoou. -ela sorriu gentilmente. -Você esta diferente.
-Diferente?- olhei para as minhas roupas. -Diferente como?
-Não sei. -disse ela pegando na minha mão e praticamente me puxando para a escola.
Quando entrei na escola senti um perfume doce muito forte fazendo meu nariz arde um pouco, mais eu ainda gostava do cheiro.
-Nossa esse cheiro esta muito forte!- olhei para Ângela.
-Que cheiro?-perguntou ela levantando a sobrancelha.
-Não esta sentindo esse cheiro doce muito forte?-falei respirando fundo para ter certeza que aquele cheiro não era fruto da minha imaginação.
-Não, eu não estou sentindo. -ela piscou duas vezes, parecendo confusa. -Talvez  seja porque estou gripada.
-Talvez...

As aulas passaram rapidamente, era como se o relógio estivesse contra mim. Como se ele  quisesse que eu me  encontrasse com Edward.
Entrei na sala de Matemática bem divagar, rezando para ele não ter vindo.
Olhei para a primeira carteira – onde era o meu lugar de sempre-, e ele não estava lá.
Eu fiquei triste e feliz ao mesmo tempo. Eu queria vê-lo, mais também queria ficar bem longe dele.
Me sentei na cadeira e coloquei minhas coisas em cima da mesa. A sala estava praticamente vazia, não havia muitos alunos, eu poderia contá-los a dedo
A professora entrou na sala e começou a escrever exercícios na lousa, sem olhar para o grosos livro em sua mão.
-Desculpe, professora pela demora!- disse Edward entrando na sala.
A senhorita Catharine olhou para Edward e abril um enorme sorriso.
-Não foi nada. -disse ela passando a mão no cabelo sutilmente. -Só não repita novamente, senhor Cullen.
-Obrigada pela compreensão. -ele abril um sorriso galanteador.
A senhorita Catharine corou instantaneamente. Será que ela não tinha notado que ele era muito novo para ela?
Parecia que Edward estava gostando muito de flertar com a professora.
Será que ele ainda não tinha notado que ele tinha idade para ser filho dela?
Edward se sentou ao meu lado e retirou suas coisas da bolsa as deixando espalhadas na mesa.
-Andie você esta se sentindo bem?-perguntou ele, apanhando seu rosto de anjo na mão.
-Estou por quê?-perguntei rispidamente.
-Nada, mais você esta muito vermelha. -disse ele apontando para o meu rosto. -Parece que vai explodir a qualquer momento.
Eu iria explodir mesmo, mais era de raiva.
Meu corpo começou a tremer como no dia do casamento. Minha cabeça começou a latejar como se tivesse abelhas  dentro dela, me impedindo de pensar.
Só que desta vez eu sabia perfeitamente o motivo da raiva. Eu estava morrendo de ciúmes de Edward e sabia perfeitamente que não tinha o direito de ter, mais eu queria ter esse direito.
Balancei a cabeça para afastar o pensamento. Tentei prestar atenção no que a senhorita Catharine estava explicando, mais era como se ela falasse em outra língua, as palavras não faziam sentido algum.
Eu  ainda estava tremendo, mais não estava tanto como antes. A raiva e o ciúme estavam passando lentamente, mais eu sabia, se eu olhasse para Edward, aqueles sentimentos voltariam rapidamente.
A aula pareceu durar anos, ou até mesmo séculos. E quando escutei o sinal era como se tivessem tirado um grande peso de meus ombros.
Coloquei as coisas na bolsa e andei rapidamente para fora da sala.
O corredor estava lotado de pessoas, era até difícil conseguir andar. Tentei esquecer “ele” por alguns minutos, mais não tive muito sucesso, porque escutei sua linda e doce voz ao longe.
Forcei minhas pernas a andarem mais depressa mais parecia ser uma coisa impossível, mais até que eu não estava tão lenta como antes, aquilo só poderia ser um grande milagre.
Senti duas mãos grandes e macias me impedindo de continuar andando. Senti novamente aquele perfume doce, mais agora o cheiro não estava mais tão forte como antes, e não fazia meu nariz arder.
Esperei até que aquelas mãos me soltassem. Que para mim durou uma eternidade, e quando finalmente eu estava livre me virei para ver quem havia me prendido daquela maneira.
Edward estava com os seus olhos fechados, como se estivesse com dor ou  como se estivesse se concentrando em fazer algo muito difícil.
-Posso saber por que me prendeu?- perguntei colocando minhas mãos na cintura.
-Você pareceu não me escutar. Então resolvi fazer alguma coisa para você me escutar. - disse ele abrindo os olhos.
-E oque você tem de tão importante para me falar?
-Não pode ser aqui. -ele olhou ao redor. -Aqui tem muitas pessoas. O que eu tenho pra falar com você têm que ser em particular.
-Então, onde o senhor deseja falar comigo?-perguntei, tentando esquecer aquele ciúme louco que agora estava me tomando.
-Pode ser na sua casa?-perguntou, levantando a sobranselha.
-Essa hora a minha casa tem muita gente. -respondi.
-Então pode ser na minha?-perguntou ele.
A idéia de ir a casa dele não era nada mal, quer dizer, ninguém sabia como era a tal casa e eu estava muito curiosa.
-Pode. -respondi, tentando esconder a minha animação.

A casa parecia ser bem longe porque já fazia vinte minutos que estávamos no carro.
O caminho todo observei as árvores e o céu  cheio de nuvens carregadas. Eu estava pensando se seria melhor perguntar ou ser paciente quando ele virou numa estrada sem pavimento. Não havia sinalização, ela era praticamente invisível entre as árvores. A floresta se estendia pelos dois lados, deixando a estrada à frente visível apenas por causa de umas curvas em formato de serpente, ao redor das árvores antigas.
E entre, alguns quilómetros mais a frente, havia algo brilhando por entre as árvores, e então de repente apareceu uma pequena clareira, ou será que era um quintal? O brilho da floresta não desapareceu, pois havia seis árvores enormes que circundavam o lugar em todas as suas arestas. As sombras mantinham suas sombras seguras sobre as paredes da casa que se erguia por entre elas, tornando obsoletas as minhas primeiras explicações.
Eu não sabia o que esperar, mas definitivamente não era isso. A casa era antiga, graciosa, e tinha provavelmente uns cem anos. Era pintada de um branco suave, fraquinho, tinha três andares, era retangular e bem proporcionada. As janelas e portas faziam parte da estrutura original ou de uma restauração muito bem feita. Eu podia ouvir um rio por perto, escondido pela obscuridade da floresta.
Edward desligou o carro e ficou uns minutos em silencio, sem ao menos olhar para mim. Seus olhos estavam fechados com muita força.
-Não tenho mais forças para ficar longe de você. -ele sussurrou ainda com os olhos fechados.
Eu não sabia oque dizer ou oque fazer. Pensei em dizer a verdade, que meus sentimentos estavam me torturando e que eu também queria ficar com ele, então porque eu não dizia?
Porque eu me sentia culpada em relação a Jacob, me sentia estranha em deixar de amá-lo de um dia para o outro. Eu me sentia a pior mulher do mundo.
A vida inteira eu tinha amado Jacob e do nada aquele sentimento todo havia desaparecido. Será que tudo o resto tinha sido uma mentira?Será que eu nunca havia amado Jacob de verdade?
Não, eu sabia exatamente oque eu havia sentido, eu não havia me enganado.
Eu amei Jacob, mais parecia que tinha sido há muito tempo atrás.
O sentimento que eu estava sentindo em relação a Edward era completamente diferente, era um sentimento mil vezes maior.
Um sentimento que parecia que faria meu coração explodir a qualquer momento, como se ele não tivesse tamanho o bastante.
Eu ainda estava confusa, mais nunca tinha estado em relação a Edward. Eu estava porque não conseguia entender aquilo tudo. Era como se eu fosse outra pessoa.
Eu estava perdida em meus pensamentos, perdida na culpa de esquecer Jacob em tão pouco tempo, e não percebi quando Edward abril os olhos.
-Você me ama?-perguntou ele, colocando seus olhos nos meus.
Eu não poderia negar, não poderia negar que ele era a pessoa mais importante do mundo para mim. Que eu não poderia viver mais sem ele, não poderia mais.
-Sim, eu te amo. –admiti sem medo. -Eu não sei oque aconteceu. Eu só sei de uma única coisa, que te amo mais que tudo nessa vida.
Ele sorriu e se aproximou lentamente de mim, seus olhos fitando os meus com doçura. Então ele colocou sua mão em meu rosto e colocou seus lábios nos meus.
Era como se eu estivesse morrido e tinha ido para o paraíso. A sensação de ter seus lábios nos meus não era desse mundo, era uma sensação de paz, paixão, ternura e o mais importante de tudo, de amor. Eu podia sentir o amor em seus lábios, sentir  a calma.
Eu queria que aquele momento paralisasse e que nunca acabasse.
Depois de alguns minutos seus lábios separaram-se  dos meus.
-Eu quero fazer isso direito. – ele passou sua mão no banco de trás   do carro a procura de algo. - Andie Clearwater, você gostaria de ser minha namorada?- perguntou ele me entregando uma caixinha pequena preta.
-É tudo oque eu mais quero. -respondi abrindo a pequena caixinha. Destro havia um pequeno anel delicado com diamante perfeitamente bem colocado, o deixando ainda mais belo. Aquele anel era a coisa mais linda que eu já tinha visto, depois de Edward – claro. - Acho que não posso aceita esse anel, deve ser muito caro.
-Não me custou nada. -ele apontou para a caixinha em minha mão. -É a  única coisa que minha mãe me deixou de lembrança.
-Por isso mesmo, não devo ficar com ele.
-Por favor, por mim!-ele choramingou.
-Se o deixa feliz. -respondi tirando o pequeno anel e colocando em meu delo. Quando eu ia colocá-lo em meu delo Edward o tirou de minhas mãos.
-Eu faço isso. -então ele colocou o lindo anel em meu delo.
Depois de colocar o lindo e pequeno anel em meu delo, Edward beijou minha mão sem tirar seus olhos dos meus.
Eu me sentia completa, como e eu estivesse encontrado a minha alma gemia. Eu sabia que tinha realmente encontrado, o amor da minha vida. Mas mesmo assim, a minha culpa não tinha diminuído, era como e estivesse algo prezo em minha garganta, me fazendo perder o ar.
-Eu não quero que ache nenhum segredo entre nós...
-Você tem algum segredo?-perguntei curiosa.
-Tenho. –respondeu ele ficando mais serio. -Mais acho que logo será o seu também.
-Não entendi. -respondi sinceramente.
-Eu vou te explicar tudo. -ele suspirou. -Sobre mim e sobre você.
-Sobre mim?-respondi confusa. -Mas eu não tenho nenhum segredo.
-Mais será. -ele abril aquele sorriso torto que deixava meu coração ficar louco. -Eu vou te explicar desde o começo.

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