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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O outro lado - capitulo 09

Capitulo 09: Espera

Quando chegamos ao hospital Edward pediu que chamassem Carlisle imediatamente. Fiquei observando os enfermeiros colocarem minha mãe em uma maca e a levarem.
Eu queria ir com ela, mais não tinha forças suficientes para isso. Sentei-me no banco da sala de espera e fechei meus olhos.
Mesmo estando com os olhos fechados às lágrimas ainda saiam, parando na minha camiseta rasgada.
Senti uma mão fria em meu rosto, o acariciando. Eu não precisava abrir meus olhos para saber que o meu anjo estava comigo.
-Sempre estarei. -sussurrou no meu ouvido.
Sem ele eu tinha certeza que estaria completamente perdida. As lágrimas continuavam a saírem pelos meus olhos fechados e Edward as secava.
Escutei uma voz doce mais não familiar vindo do corredor ao encontro de onde estávamos.
-Edward, como ela estava?-perguntou a voz.
-Vai ficar bem, Carlisle. -sussurrou Edward em resposta. -Ela tem um ferimento grande no braço, será que você pode fazer algo?
-Claro. -disse a voz. -Vou pegar matérias necessários e já volto.
Edward começou a fazer carinho em meu cabelo e por pouco, por muito pouco, quase dormi.
-Andie?-Edward perguntou depois de alguns minutos.
-Sim?-perguntei abrindo os olhos e encarando o seu lindo rosto.
-Carlisle pode ver o seu ferimento?-perguntou ele olhando para a direção a nossa frente. Foi só ai que percebi que tinha um homem a nossa frente.
Eu nunca tinha o visto, mais já sentia um sentimento bom em relação a ele. Ele era um homem loiro bonito e parecia ser bem simpático.
Sua pele era até mais branca que a pele de Edward. E quando eu vi seus olhos dourados tive completamente certeza que ele também era um vampiro.
-Será que eu posso da uma olhada no seu ferimento?-perguntou ele sorrindo.
Eu não conseguia encontrar a minha voz e apenas balancei a cabeça.
Edward se levantou dando o lugar a Carlisle para se  sentar ao meu lado.
Ele se sentou ao meu lado lentamente, parecendo que não queria me assustar.
-Posso tirar?-perguntou ele olhando para a toalha que ainda estava em meu braço esquerdo.
-Pode. -disse sem forças. Carlisle apenas sorriu.
Ele tirou a toalha e examinou o meu ferimento cuidadosamente. Ele pegou algo na sua maleta e colocou em meu braço, o que fez arder um pouquinho, mais não era nada de mais.
-Esta doendo?-perguntou ele.
-Não. -desse agora com mais forças.
As minhas forças estavam em algum lugar que eu não pude encontra. Fechei meus olhos me deixando levar pelo cansaço, pela dor, pela angustia.
Assim acabei pegando no sono.

                                                  
                                                         (...)
Senti uma mão fria acariciando o meu rosto lentamente. Eu não estava mais casada e também não estava mais com medo.
Em algum lugar, que eu não sabia aonde, eu tinha encontrado forças para superar a tristeza de ver a minha mãe daquela maneira. No fundo eu sabia que ela ficaria bem, ficaria consciente novamente.
Percebi que meu braço também não doía mais. Deveria ser pelos cuidados do doutor Carlisle. Eu estava tão casada que nem ao menos tinha agradecido.
-Você esta melhor?-perguntou Edward em meu ouvido.
-Sim, estou.-disse abrindo os olhos.
O rosto de Edward estava mais calmo. Era como se nada houvesse acontecido.
E isso era uma coisa boa. Odiava vê-lo triste e com o rosto tomado pela dor.
Ele sorriu para mim, aquele sorriso que eu adorava vê-lo sorrir. Era como se o sol estivesse em minha frente me tirando da noite, me tirando da escuridão.
-Esta com fome?-perguntou ele ainda sorrindo.
-Não.-olhei ao redor.-Onde esta minha mãe?
-Agora ela esta no quarto. -disse ele apontando para a direção dos quarto. -Daqui a pouco, ela ira fazer alguns exames, só para garantir.
-Será que eu posso vê-la?-perguntei olhando para as minhas mãos  sujas.
-Não quer ir para casa e tomar um banho primeiro?-perguntou olhando também para as minhas mãos.
-Vou dar uma olhada na minha mãe, primeiro. Depois vou para casa. -disse me levantando. Eu fiquei completamente tonta e teve que Edward me ajudar a ficar de pé.
-Eu te levo até lá. -disse ele passando seu braço pela minha cintura.
Andamos pelo enorme corredor até chegamos a uma porta que dizia “Internações”.
Entramos e também havia outro corredor enorme.
Eu simplesmente odiava hospitais, já tinha passado muito tempo nesses na minha infância.
Lembro que eu chorava muito quando as enfermeiras iam pegar a minha veia para colocar o soro.
-Você nunca me disse sobre a sua infância. -murmurou ele.
-Não achei que fosse importante.
-Tudo sobre você é importante. -sussurrou ele no meu ouvido. Fazendo o meu coração quase sair pela boca, o fazendo rir.
Paramos em uma porta e Edward ficou parado esperando a minha reação.
Simplesmente empurrei a porta e nós entramos no pequeno quarto.
O quanto era todo brando - o que é muito comum em hospitais-. Tinha uma cama no meio e alguns aparelhos que eu não sabia para que serviam.
Logo pude ver a minha mãe deitada sobre a cama.  Fui até ela e pude ver que agora o seu rosto não estava tão branco como antes.
Tinha uns aparelhos ligados a ela. Tinha um que apitava loucamente.
Aquele eu conhecia perfeitamente. Ele media os batimentos cardíacos.
Minha mãe estava respirando com a ajuda do balão de ar. Era um caninho que entrava pelo seu nariz, a ajudando a respirar.
Mesmo que  eu odiando hospitais queria estar no lugar dela. Eu não queria que ela sentisse dor.
Soltei-me de Edward e fui mais perto de minha mãe.
Coloquei minha mão sobre a mão dela. Não estava mais tão gelada como antes, isso era bom.
-Você vai ficar bem... -sussurrei lhe dando um beijo na testa.
Os minutos se passaram e minha mãe continuava adormecida.  Senti um frio na espinha e depois o frio se espalhou por todo o meu corpo.
Dei-lhe um outro beijo e me despedi.
Edward me ajudou a andar de volta pelos corredores até onde estávamos antes.
Na pequena sala de espera.
-Tem certeza que não quer ir agora para casa?-perguntou ele preocupado.
-Tenho. -tentei sorrir. -Você disse que meu irmão esta vindo e eu quero esperá-lo.
Edward apenas sorriu me dando um beijo na testa.
Ficamos esperando por alguns minutos.
Os músculos de Edward se enrijeceram e pude perceber que ele estava muito nervoso, eu só não consegui entender por que.
Ele me apertou contra seu corpo de mármore e ficou olhando na direção da pequena porta.
-O que foi?-perguntei preocupada.
Edward me apertou mais ainda e passou seu braço gelado pela minha cintura, como se precisasse me defender de algo.
A porta se abriu e eu pode ver meu irmão, mais havia alguém atrás dele.
Jacob estava com o seu rosto serio e não parecia que estava de bom humor.
Seus olhos estavam diretamente na direção de Edward. Sinceramente eu puder ver a raiva que ele estava pelos seus olhos negros.
Edward também encarava Jacob, como se quisesse matá-lo e Jacob parecia também querer matar Edward.
Os olhos azul-safira de meu irmão deixavam claro que ele estava confuso, como eu.
Ele passou a mão pelo cabelo preto ondulado algumas vezes percebendo o clima ruim que estava.
-O que você pensa que esta fazendo aqui?-disse Edward olhando e falando diretamente para Jacob.
-Se você não sabe, eu estou aqui pela Andie. -disse Jacob no mesmo tom de ameaça.
Edward se levantou e eu pude perceber que ele ia dar um soco na cara de “poucos amigos” de Jacob.
-Pare. -entrei na frente. Jacob até podia ser um lobo mais não era invencível. E ao falar que Edward era umas 100 vezes mais forte que ele. -Não provoque Jacob.
-Você esta no lado dele, Andie?-disse Jacob incrédulo.
-Não importa no lado de quem eu estou, agora.-me virei para encarar Edward.-Da um desconto para ele. -. Apesar de estar com raiva Edward me escutou, o que eu agradeceria eternamente. Virei-me para Jacob. -Vamos conversar na lanchonete. -olhei novamente para Edward e parecia que ele tinha ficado um pouco magoado. Mas eu tinha que fazer aquilo. Eu tinha que dizer para Jacob que não tinha e nem teria algo entre a gente, nunca mais. Porque eu amava incondicionalmente Edward Cullen e nada e nem ninguém mudaria isso.
-Não tenho nada para conversar. -disse Jacob rispidamente.
-Mas, eu tenho. -disse no mesmo tom.
Eu não queria fazer aquilo. Não queria deixar o meu amor triste mais isso seria para o nosso bem.
Peguei a mão quente de Jacob e praticamente o puxei para fora da pequena sala deixando para trás o meu anjo triste.
Quando chegamos à lanchonete procurei uma mesa vazia e me sentei e fiz Jacob se sentar na minha frente.
Apesar de tudo, eu ainda gostava de Jacob. Não do modo que eu gostava de Edward , claro.
Agora eu podia ver as coisas como elas eram de verdade. Eu sempre amei Edward e sempre amaria, e nada e nem ninguém mudaria isso.
E eu podia ver também que eu amava Jacob, mais era um amor de irmão. Era como o amor que eu sentia por Eric.
A minha vida toda eu tinha pensado que amava Jacob de uma forma, mais eu estava completamente enganada.
Eu só fui saber realmente o que era amor verdadeiro quando conheci o meu anjo, quando conheci Edward Cullen.
Eu tinha obrigação de dizer tudo isso a Jacob. Não podia deixá-lo pensar que eu o amava, não da forma que ele pensava.
-Eu preciso esclarecer as coisas entre  agente. -disse firmemente.

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