Capitulo 11: Traidor
Abri meus olhos e tudo estava completamente escuro. Minha cabeça ainda girava como se eu estivesse rodando loucamente.
Sentei-me na cama e foi ai que pude perceber que estava completamente sozinha.
Não havia nem sinal de Edward Cullen, o que me deixou profundamente triste.
Levantei-me ainda sem consegui enxergar nada, o quarto estava completamente escuro, até mesmo que o normal. Fui até ande acendia a luz e a acendi.
Olhei para mim mesma. As minhas roupas ainda manchadas de sangue. A minha nova camiseta preta estava ensopada de sangue, que já estava seco e endurecido. Os fios prateados ainda tentavam brilhar pela luz, mas ao invés da pura luz que emanavam antes, agora eles cintilavam com um tom de cobre. Eu não conseguia parar de olhar para eles.
Tirei o a minha camiseta, a minha calça, o sutiã e a calcinha e joguei tudo no cesto envolvido por um saco plástico que ficava no canto do meu quarto.
Entrei no banheiro na intenção de ir direto para debaixo do chuveiro, mas parei ao ver o meu reflexo. Eu estava horrorosa, pálida, com círculos debaixo dos meus olhos que pareciam socos. Meus olhos pareciam grandes e anormalmente escuros, não havia nem sinal do tom de mel.
Me virei um pouco para poder ver o meu braço esquerdo. Ele estava com algumas ataduras enormes.
Entrei debaixo do chuveiro e fiquei lá parada durante um bom tempo vendo a água vermelha que escorria pelo ralo.
Depois de alguns minutos eu sai do chuveiro e me enrolei na toalha e fui para o meu quarto.
Coloquei um vestido azul-safira de meia manga e penteei os meus cabelos que estavam muito embaraçados.
Coloquei a toalha de volta no banheiro e me deitei na cama novamente.
Eu apesar de tudo ainda estava muito casada e com muita fome.
Desci as escadas e fui para a cozinha. A casa estava totalmente escura deixando a mostra que eu estava completamente sozinha.
Liguei a luz da cozinha e fui procurar algo na geladeira. Peguei algumas coisas para poder fazer um lanche e um suco de laranja.
Quando tudo estava finalmente pronto eu fui para a sala e liguei a TV.
Estava passando um filme que me interessou. Me deitei no sofá ainda com as luzes apagadas.
Terminei de comer o lanche e de beber o suco e fechei meus olhos.
Como o dia de hoje tinha sido agitado. Minha mãe, o meu namoro com o Edward, as historias antigas, a descoberta que eu era realmente a Yonah .
Todos os acontecimentos um atrás do outro. Uns até felizes e outros nem tanto.
Mas, pensando bem a minha vida sempre tinha sido assim. Um milhão de problemas, um milhão de felicidades.
A minha vida toda passou diante das minhas pálpebras fechadas.
Derepente, comecei a sentir algo que de imediato não pude perceber o que era.
Era uma mão cheia de calos apertando o meu seio direito. Abri meus olhos rapidamente não acreditando no que estava acontecendo.
Ted estava em cima de mim. Seus olhos estavam fechados e às vezes ele gemia alto.
Tentei me livrar de suas mãos, mais ele era mais forte que eu. Ele continuou com os olhos fechados e naquela hora eu pude ver claramente o que realmente estava acontecendo.
Ted estava tentando me violentar.
-Esta gostando do carinho do pai?-perguntou ele com a voz transformada pela excitação.
Como aquilo poderia ser um carinho de pai?
Só para começar ele não era o meu pai e nunca seria.
Ele segurou os meus pulsos fortemente.
-Socorro!-gritei.
Ted parecia ter ficado bravo comigo e colocou um pedaço de papel na minha boca me impedindo de gritar por socorro.
Ele levantou o meu vestido e eu queria gritar e dizer que não, mais não consegui por causa do papel.
Ele ficou observando a minha calcinha por alguns segundos antes de tirá-la completamente.
Eu estava desesperada, em pânico.
Derepente todo o trauma que um dia eu lutei para afastar de mim estavam ali, me perseguido novamente.
Eu me sentia novamente uma criança indefesa. Todos os sentimentos ruins possíveis se misturaram dentro de mim.
Eu já estava implorando pela morte. Eu preferia morrer a ser violentada.
As lágrimas invadiram os meus olhos e depois escorreram pelo meu cabelo recém-lavado.
-Por que estava chorando?-ele disse descaradamente sorrindo. - O que eu estou fazendo com você não é nada de ruim, você vai ver. Depois você vai até gostar.
Como eu poderia gostar de uma coisa nojenta dessas?
Tentei me soltar novamente, sem nenhum sucesso.
Eu estava perdida, completamente perdida.
Ted continuou tirando o resto da minha roupa. E quando terminou começou a lamber o meu seio direito.
Tentei gritar novamente a procura de ajuda, mas novamente não consegui. Aquilo era completamente nojento.
Balancei meu corpo tentando escapar de suas garras, mas não consegui.
A imagem no hospital invadiu minha mente, ai foi o momento que a dor invadiu o meu peito.
Ted me penetrou brutalmente, me deixando com nojo até de mim.
Mas eu não tinha feito nada para acontecer aquilo, eu não queria aquilo!
O homem que passou a ser o homem que eu mais odiava na vida puxou meu cabelo com muita força. Senti uma segunda dor aguda me atingindo, porque eram duas.
Primeira: A penetração horrível.
Segunda: A minha cabeça estava latejando e ardendo muito.
O meu braço esquerdo que estava muito machucada começou a dor muito. Uma dor forte e aguda me atingiu novamente.
Ted pegou o meu braço esquerdo e o girou o quebrando.
Eu gritei de dor, gritei de medo, de agonia.
Depois o traidor me deu um soco com toda a sua força em meu braço já quebrado.
Eu preferia morrer novamente queimada aos poucos a viver agora.
Começou a sair sangue pela minha boca, nariz, ouvido.
Eu estava quase engasgando com o meu próprio sangue e o extrupador ainda continuava me violando.
Eu já estava completamente sem vida, por dentro e por fora.
Todas as dores possíveis me atingiram, me torturando, me matando.
Nem mesmo o rosto do anjo que invadia minha mente fazia a minha dor passar, nem mesmo um pouco.
Fechei meus olhos e tentei esquecer daquilo.
Derepente um barulho venho no lado de fora da casa. Era um barulho estrondoso, como se estivesse caindo uma árvore.
-Andie!-gritou Leah batendo na porta e me tirando da escuridão.
-Será que ela esta ai?-perguntou Sam.
-Eu estou sentindo o cheiro dela. -disse Paul.
-Vamos entrar!-disse Embry.
-Vai entrar como?-perguntou Seth.
-Derrubando a porta. -disse Jared.
Ted também podia escutar as vozes que vinham da porta. Ele sabia perfeitamente que se vissem ele fazendo oque estava comigo era um homem morto.
-Vai lá para cima. -ele me soltou finalmente.
-Tem duas pessoas ai dentro. -disse Sam. -Não esta me cheirando nada bem. Agora é uma ordem de alfa, derrubem a porta!
Eu nunca tinha estado tão feliz em ver o bando. Eles iriam me salvar, mais não apagar.
Primeiro ouve o barulho e depois eu vi os rostos dos meninos da alcateia.
Eles pareciam estar chocados pelo que acabaram de ver.
Eu estava toda ensangüentada, no que desta vez o sangue era realmente meu, e estava nua.
-Andie!-disse Leah vindo ao meu encontro. -O que fizeram com você?
Ela pegou a sua jaqueta e colou em mim.
-Acabem com ele!-Sam ordenou.
-Eu vou te tirar daqui. -disse Leath segurando a minha mão.
Não pude ver direito o que os lobos estavam fazendo com o desgraçado do Ted, mais eu queria ter visto.
-Onde esta me levando?-sussurrei baixinho.
-Para um lugar seguro. -ela passou a mão pelo meu cabelo e tentou sorrir, mais nós duas sabíamos perfeitamente o que tinha acontecido.
E o que estava dentro de mim, gravado. Nunca mais sairia.
(...)
Quando cheguei à casa de minha tia, Leah me olhou por alguns instantes.
-Vamos, agora vai ficar tudo bem. -ela disse me ajudando a sair do carro.
Entramos na enorme casa branca e a primeira coisa que vi foi a minha tia Sue.
Ela estava sentada no sofá assistindo alguma coisa.
-Mãe? –perguntou Leah.
-Sim. -minha tia respondeu se virando. Quando os seus olhos passaram por mim o seu rosto ficou triste e preocupado. – Deus, o que aconteceu?
-Primeiro ajuda e pergunta depois. -respondeu Leah me levando para o seu quarto.
Quando chegamos ao quarto, Leath me colocou sentada na cadeira.
-Eu vou chamar um medico. -disse minha tia muito preocupada saindo do quarto.
Leath se sentou ao meu lado e ficou alguns minutos me olhando.
- Você não precisa me dizer nada.-ela passou a mão em meu rosto.-Eu sei o que eu vi.
-Eu juro que não tive culpa. -tentei me explicar.
-Claro que você não teve. -ela me fez levantar e tirou o que ainda tinha sobrado da minha roupa.
-Quero que você saiba de uma coisa. -ela disse. -Sempre estarei do seu lado, prima.
Depois daí eu não vi mais nada, eu estava mergulhando na escuridão.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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