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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O outro lado - capitulo 13

Capitulo 13: Finalmente aliados: Parte 1



Versão Andie

A memória me esmagou, me afogando em desespero e escuridão e a realidade do meu próprio mundo se despedaçou, e tudo ficou preto.


Eu estava em uma floresta e estava completamente escuro. Os pingos da chuva que caiam sobre a linda floresta, estavam me molhando completamente. Minhas roupas estavam completamente molhadas, e o meu cabelo longo estava grudando em meu rosto. Aquele sentimento de perda não me abandonava nem por um segundo. E a pior coisa era não saber o porquê de estar sentindo aquilo.
Tentei vasculhar a minha mente a procura de resposta, mais minha memória parecia um buraco negro. Eu não me lembrava de absolutamente nada.
Olhei ao redor, e pude ver uma linda criança a minha frente. Ela parecia ter aproximadamente uns cinco anos. Seus cabelos eram escuros, uma cor que não era realmente preto e nem castanho.
Os seus olhinhos eram verdes-esmeraldas doces e grandes. Sua pele era apenas alguns tons mais claros que a minha.
Ela sorriu para mim docemente, deixando a mostra os seus dentinhos brancos, em contraste com a pele morena.
As suas covinhas me lembravam alguém, mais eu realmente não me lembrava quem. Balancei a minha cabeça, eu não queria realmente pensar.
A pequena se aproximou de mim docemente, e colocou sua mão na minha. Sua pele era quente, alguns graus mais quente que a minha.
Abaixei-me em sua frente, e os meus olhos ficaram na mesma altura dos dela. Agora vendo ela melhor, ela tinha traços fortes da tribo.
Ela sorriu alegremente, o seu doce sorriso era como um sol iluminando a minha vida. De repente eu escutei ao longe uma criançinha chorar. Era como se estivesse chamando pela mãe.
Os olhinhos verdes-esmeraldas da pequena ficaram tristes e o seu doce sorriso desapareceu.
-Ele não pode nos deixar... -choramingou ela. As lágrimas começaram a rolar pelo rostinho angelical.
Eu não sabia de quem ela estava se referindo, mais aquelas palavras me machucaram profundamente. Era como se a minha alma estivesse se despedaçando em mil fragmentos.
Tentei me concentrar apenas na criança a minha frente.
-Quem não pode nos deixar?-perguntei enxugando as suas lágrimas.
Os seus olhinhos fitaram os meus por alguns instantes, parecia que ela estava pensando se deveria fala ou não.
-Papai. – respondeu ela somente.
Agora eu tinha ficado completamente perdida. Eu entendi as palavras dela.
A pequena menininha se virou e saiu correndo entrando na floresta adentro. A minha reação automática foi ir atrás dela.
A floreta era mais bela vendo-se por dentro. As árvores eram grandes e belas. Tinham grandes galhos e o seu verde era o mais belo que eu já tinha visto.
A menina corria muito rapidamente, e eu não pode acompanhá-la de perto.
De repente eu senti uma mão gelada me tirando da floresta. Ela estava me puxando para a realidade.

Eu já não estava mais na bela floresta. Agora eu estava em uma cama macia, e quente. Eu não queria realmente abrir os olhos, no fundo, eu sabia que se abrisse os olhos a realidade me atingiria rapidamente.
Continuei a sentir os dedos gelados acariciando o meu rosto, não precisava pensar muito para saber quem era.
A memória me voltou rapidamente, e aquele sentimento voltou rapidamente. Era um sentimento de perda, de nojo.
As cenas se passaram diante das minhas pálpebras fechadas com força. Eu não podia encarar a realidade agora, talvez nunca pudesse.
Eu não queria encarar o anjo agora. A vergonha era muito mais forte agora. Sei que não tive culpa por nada que aconteceu, mas...
Senti uma quentura subindo pelo meu corpo rapidamente. Meu corpo começou a vibrar, me fazendo ofegar.
Era como se eu fosse explodir a qualquer momento. Era como se estivesse um animal dentro de mim louco para sair.
Abri os meus olhos, e a primeira coisa que eu pude ver era aqueles olhos dourados, me fitando com intensidade.
Algum dia eu teria que enfrentar a realidade.
-Eu sempre vou estar com você. – sussurrou Edward colocando os seus lábios na minha testa. Era como se um choque da maior voltagem tivesse me atingido.
As lágrimas começaram a sair pelos meus olhos sem freios. Eu sempre amaria Edward, mas, aquele sentimento não me deixava.
Eu não era mais a pessoa certa para ele, eu não era mais pura, como ele merecia.
Eu agora era suja, eu não poderia fingir que eu ainda era a velha Andie.
De repente lembrei-me de  onde  estava realmente. Eu estava na casa da minha tia, em La Push.
Edward não poderia estar ali, era muito perigoso. Se a alcatéia soubesse que um Cullen estivesse lá seria guerra declarada.
-Edward, você não pode estar aqui. -disse me levantando na cama rapidamente. Eu tinha me levantado rápido demais e a tontura me atingiu.
Senti as mãos de mármore de Edward me ando apoio, me impedindo de cair.
-Você não precisa se preocupar, já esta tudo em absoluta ordem. -disse ele me tranqüilizando.
-Você não pode estar aqui. -disse sobressaltada. -Se o Sam souber que você esta aqui. -meu coração doeu. -Ele vai te matar!
-Não se preocupe meu amor. -disse ele me levando para a cama, e me fazendo me sentar. -Sam me deixou vim ver você.
-Ele não faria isso. -disse pensativa.
-Bem, se tivesse uma ajudinha extra, ele faria sim. -disse Edward rindo da piada que eu ainda não sabia.
-Ajudinha?
-Leah me ajudou a vim ver você. -disse ele passando o dedo em meu rosto com carinho. -Na verdade, essa reação dela me surpreendeu.
-Eu conheço a minha prima, e ela não faria isso. Ela simplesmente odeia vampiros. -expliquei.
-Talvez ela não odiasse tanto assim. -disse ele.
-Talvez... -sussurrei.
-Andie, agora você pode me explicar o que aconteceu com você?-perguntou ele mais serio.
-Er... você não sabe?- perguntei assustada.
-Sua prima fez questão de manter isso em sigilo. -disse ele olhando para a porta. -Ela esta tentando ao máximo não pensar.
-Ah... - aquilo era bem típico da minha prima. Ela nunca contaria uma coisa que não soubesse que poderia contar. E ela me conhecia bem demais, ela sabia que eu não queria que Edward soubesse.
-Soubesse do que?-perguntou ele lendo a minha mente.
Eu não queria falar, não agora. Eu ainda estava muito chocada para falar.
E a ultima pessoa do mundo que eu iria falar era Edward. No fundo, eu tinha um medo, medo que ele não me quisesse mais.
-Isso nunca vai acontecer. -disse.
Quando eu menos esperava, Edward passou os seus braços em minha volta e me levou mais para perto dele.
Aquele cheiro delicioso que emanava dele me fazia ficar mais tranqüila. Não importava o que acontecesse comigo, se eu estivesse ele ao meu lado, tudo ficaria mais fácil.
Eu não poderia mais suportar, não podia mais viver, sem ele ao meu lado.
Ele era o anjo que acalmava a minha vida. Ele era o anjo que tirava a minha vida da escuridão.
Ele era a calma que me fazia sentir em casa. Sentir-me no paraíso, me sentir na luz.
-Você pode me contar qualquer coisa. -disse ele. A sua respiração lenta estava fazendo os meus pelos da nuca se arrepiar. -Nunca duvide disso.
-Eu sei, eu sei. -disse me afastando para fitar os seus lindos olhos. -Eu só não estou pronta, não ainda.
-Não se preocupe com nada, eu sempre vou estar aqui com você, meu anjo. -disse ele. Depois ele me apertou mais contra o seu corpo de mármore, era como se eu realmente estivesse no céu. -Não posso ficar muito tempo, o Sam ficara muito bravo com a sua prima, ela já esta fazendo muito.
Olhei no fundo dos olhos de Edward e quase pude ver a sua alma. Agora ele não estava mais sereno, agora, ele estava com o rosto serio.
-O que foi?
-Problemas. -sussurrou. -Mas, não é nada muito grave, eu só tenho que fazer algumas coisas.
Coloquei minhas mãos em seu rosto, e fitei os seus olhos com intensidade.
-Eu te amo. -sussurrou ele fechando os olhos. Como se quisesse que aquele momento nunca passasse.
-Eu também. -sussurrei fechando os olhos também.
Senti os lábios de Edward encostarem-se nos meus lentamente. Os nossos lábios se moveram lentamente, em um beijo calmo, suave.
Era como uma dança sem pausa. A língua dele dançando com a minha em sincronia.
Suas mãos foram para o meu rosto, o acariciando. As minha em resposta, foram para os seus cabelos macios.
Edward me puxou mais para ele, o que não era muito fácil, mais a cada segundo ele ficava mais urgente.
As nossas respirações já estavam ofegantes, e naquele momento, a tristeza me invadiu completamente.
As cenas se passaram rapidamente pela minha cabeça, me fazendo sair dos braços de Edward rapidamente.
Eu não podia ficar com ele, eu não o merecia, não mais.
-O que...?-sussurrou ele ainda confuso.
Deixei a minha mente vagar pelos acontecimentos. Um dia ele teria que saber, era inevitável.
-Eu vou entender se você não me quiser mais. -disse olhando para a parede, envergonhada.
Talvez, era para ser assim. Mesmo que eu amasse Edward eternamente, nós nunca poderíamos ficar juntos.
Talvez, fosse para ser assim, mesmo doendo pensar assim, eu tinha que aceitar a realidade da minha vida.
-Não importa. -disse ele depois de alguns minutos.
-O que?-perguntei incrédula me virando para fita-lo. – Você não se importa se eu não sou mais pura?-abaixei meus olhos. -Se eu não te mereço mais?
-Não importa. -disse ele se aproximando de mim. – Nada me fará deixá-la, nunca. Será que você não pode entender isso?-ele me abraçou. -Eu te amo mais que tudo no mundo, eu nunca mais poderei viver sem você.
-Jura que nunca vai me abandonar?-sussurrei chorando.
-Nunca. -ele me abraçou mais forte. -Você agora é a minha vida. Eu não tenho mais forças para ficar longe de ti.
Escutamos uma batida na porta, me fazendo ir para mais longe de Edward. Depois de alguns minutos Leah apareceu.
-Desculpe, mais o tempo acabou. -disse ela olhando diretamente para Edward. -Sam esta louco, ele não vê a hora de você ir embora. -disse ela mais baixo.
-Tudo bem Leah, não se preocupe. -disse Edward. -Você já se arriscou demais.
Edward deu um beijo na minha testa e se foi, me deixando na escuridão novamente.
Eu fiquei na escuridão da minha alma por horas, talvez dias. Eu simplesmente não vi o tempo passar. Às vezes aquela cena se passava pela vinha cabeça me fazendo vomitar.
Eu não queria sentir aquilo, mais era uma coisa maior que eu. Agora eu estava com nojo de mim, do meu corpo. Nojo de simplesmente tudo.
Eu me sentia suja, era como se eu estivesse cheia de terra ou algo pior.
Leah e minha tia sempre estavam comigo, às vezes ficavam em silencio e outras elas bem que tentavam conversar.
Mas eu não conseguia falar, não consegui me mexer, nem mesmo pensar.
Todas as vezes que eu tentava falar, me mexer ou falar, aquela cena se passava novamente, me fazendo odiar o dia em que nasci. Fazendo odiar-me acima de tudo.
Sei que eu não tive culpa de nada do que aconteceu, mas nem por isso aquele sentimento me abandonava.
Eu me sentia um imã de problemas e desgraças. Sempre tinha algo que me fazia mal, me fazia sofrer. Não havia época que eu era realmente, plenamente feliz.
Eu tinha que descobrir uma maneira de esquecer tudo, esquecer coisas que eu não queria, não podia lembrar.
-Você esta com fome?-perguntou minha doce tia, entrando no quarto com uma bandeja de alimentos que deveria ser para mim.
Ela se inclinou e colocou sua mão em meu rosto. Eu me sentia bem quando ela ou Leah estavam comigo, mais não era o suficiente.
-Sabe eu fiz esses bolinhos especialmente para você. -ela apontou para o bolinho na enorme bandeja de madeira. -Se você não comer não vai sobrar. -ela fez uma careta horrível, e pela primeira vez eu sorri. -Como é bom ver esse seu sorriso, novamente. -ela me abraçou. Um abraço materno que  fazia eu me sentir em casa. Mas, agora eu não tinha casa realmente. A casa que vivi a minha vida inteira tinha sido o cenário do meu pior e real pesadelo.
-Querida, os lobos estão lá em baixo e querem conversar com você. -minha tia disse depois de alguns minutos.
-Sobre o que eles querem conversar?-falei pela primeira vez. Era realmente estranho ouvir a minha voz, era como se fosse à voz de outra pessoa. Uma voz fraca que nem ao menos podia se entender.
-Sinceramente, eu não sei. -disse ela me fazendo rir, novamente. -Mas, acho que não é nada de ruim, eles estão com uma cara boa. -ela disse passando a mão em meu cabelo. -Mais se eles te encherem pode me falar que eu dou umas boas palmadas naqueles meninos levados.
-Pode deixar. -sussurrei sem força.
Levantei-me da cama  e andei lentamente para o andar de baixo.
Quando os garotos me viram à conversa que estava boa se silenciou. O único que sorriu realmente foi o Sam, o que me surpreendeu.
-Como você esta?-perguntou Sam se aproximando de mim.
Eu realmente tinha sido muito rude com ele e tinha o julgado. Mas, afinal, ele tinha me visto queimar e não fez absolutamente nada. Mas ele também tinha me salvado das garras daquele desgraçado. E isso eu seria grata para sempre.
-Estou melhorando. -respondi também sorrindo.
-Você parece bem melhor do que ontem!-disse Quil.
Paul bateu na cabeça do pobre Quil com força porque fez um barulho muito alto. Eu tinha certeza que ele não queria ter dito uma coisa daquela.
-Ele tem razão. -disse somente. Todos os olhares daquela sala se viraram para mim. -Estou bem melhor que ontem.
-Eu estava querendo falar com você sobre outro assunto. -Sam disse tentando mudar de assunto, o que novamente fiquei muito agradecida. -Eu estava querendo falar sobre o imprinting que você teve com o Edward Cullen.
-Sam, se você vai falar para eu tentar esquecer ele não perca o seu tempo. –disse-me sentando no sofá ao lado se Seth.
-Não, claro que não. -disse ele me surpreendendo. –Olha, eu sei de toda a história e também sei que a alcatéia foi muito ruim com você e o Edward.
-Espera. Não estou entendendo. -disse confusa.
Sam se aproximou de mim e se abaixou em minha frente colocando sua mão em meu ombro.
-Eu sei sobre a historia da sua vida passada. -ele começou. -Também sei que especialmente, sou eu que sou culpado de tudo que aconteceu com Yonah naquele dia. -continuou. -Eu vi você morrer e não fiz nada, simplesmente te vi se transformar em nada. -confessou. -Eu me culpo por ter feito tudo o que fiz com você e sei que você não vai me perdoar tão facilmente, mais eu vou tentar conseguir o seu perdão sincero. -ele olhou para os garotos a nossa volta. -Não precisa mais ser como antes. Você não precisa morrer pelo motivo de amar verdadeiramente alguém. Nós os seus irmão, sempre estaremos com você e mesmo que o seu amor seja um vampiro. -ele olhou novamente para mim. –Eu particularmente sei o que é um impriting e me imagino no seu lugar. Pagando por uma coisa que você nem mesmo cometeu. -ele passou a mão em meu cabelo. -Nós sabemos que Yonah dava a vida pela tribo, pela matilha. Mas, éramos egoístas demais para perder uma alfa maravilhosa.
-Então vocês a mataram. -sussurrei sem pensar.
-Sim, nós a matamos. -ele me olhou nos olhos. -Mas somente uma pessoa era verdadeiramente culpada pela morte da jovem alfa e esse culpado sou eu. Mas, eu posso lhe dar a minha palavra, pelo amor da minha vida, nunca mais isso acontecera com você.
-Então, você esta dizendo que não vai se importar se eu ficar com o Edward?-perguntei olhando para Emily que estava no canto da sala.
-Não, agente não se importa. -ele olhou para os outros garotos. –Claro que agente não vai ficar melhores amigos dos vampiros, mas, também, não seremos os seus inimigos.
-Obrigada. -disse olhando para ele. -Obrigada a todos, de verdade.
-Você não esta com saudades do Edward?-ele perguntou rindo. –Sabe, eu não posso ficar nem mesmo vinte minutos sem a Emily. -ele riu envergonhado. -Você pode até escolher um motorista particular. -ele apontou para os garotos.
-Obrigada, mais acho que ainda vou ficar por aqui. -disse olhando para os garotos que não pareciam ter gostado da conversa de eu ter um motorista.
-Você quem sabe. -disse Sam desaparecendo na sala e indo para cozinha.
Eu estava realmente precisando ver o meu anjo, mais não podia ser agora. O pensamento me causou um pouco mais de dor
-Posso falar com você?-perguntou Jacob se sentando ao meu lado.
-Claro. -respondi. Foi como reação automática, simplesmente não havia mais ninguém na sala. Era apenas Jacob e eu.
-Como você esta se sentindo?-perguntou preocupado.
-Sinceramente?-ele balançou a cabeça em resposta. -Estou me sentindo um lixo. Tenho nojo de mim mesma.
-Você não tem culpa pelo que aconteceu. -disse rapidamente. Parecendo ter ficado magoado com as minhas palavras. -Não se sinta assim. -ele me abraçou. E eu tratei de sair de seus braços rapidamente. -O que foi?
-Estou suja, Jake. -sussurrei olhando para as minhas mãos. -Eu sou suja.
-Não, você não é. - ele pegou a minha mão. -Por favor, não pense assim.
-Acho que eu vou até a casa dos Cullen - disse me levantando.
-Quer que eu vá com você?-perguntou se levantando também.
-Obrigada, jake. -tentei sorrir. -Mas, não precisa.
Sai da enorme casa branca e foi para a direção do meu carro que os garotos tinham dado um jeito de buscar.
Uma coisa eu queria ter visto. Queria ter visto os meninos  acabarem com o desgraçado do Ted. Pena que eles não o mataram mais, uma boa surra já deu para ele sentir um pouco do que ele vai sentir mais a frente.
A minha transformação já estava quase completa. Parecia que quanto mais eu ficava perto dos lobos a transformação agia mais rapidamente.
A única coisa que ainda me prendia de não matar aquele desgraçado era a minha mãe que ainda estava no hospital.
Decidi não falar para ninguém, tirando os lobos e minha tia e meu tio. Eu não queria que minha mãe morresse e esse era o único modo de deixá-la completamente segura.
Entrei no meu, ou melhor, no carro da minha mãe  e  foi em direção à casa dos Cullen.
Eu me lembrava a onde ficava a casa, isso era uma coisa boa, eu não queria ficar perdida por ai.
Diferente do que eu pensava, a viagem passou rapidamente e logo eu já estava parando o carro na frente da casa de Edward.
Fiquei alguns minutos pensando se deveria realmente entrar. Mas por um impulso totalmente insano eu já tinha saído do carro e bati na porta.
-Sim?- a porta se abriu e uma mulher totalmente desconhecida apareceu. Ela tinha os cabelos cor de chocolate e seu rosto tinha forma de coração.
-Bom er ...-eu comecei a engasgar e atropelar as palavras. Eu fechei meus olhos me concentrando bem no que eu iria dizer. -Eu sou Andie, será que eu posso falar com o Edward?-falei rapidamente, mas, ainda sem jeito.
-Finalmente, conheci a famosa Andie Clearwater!-disse ela rindo alegremente. –Venha querida. -ela pegou a minha mão.
-Acho que você já conheceu a Esme. -disse Edward descendo a escada sorridente. - Você esta melhor?-perguntou ele preocupado, olhando as marcas roxas no meu corpo.
-Nada, eu já estou melhor. -menti descaradamente,  tentando não pensar no dia anterior. Todo o medo que eu tinha sentido a noite inteira voltou desesperadamente.
-Como não é nada?-ele olhou para o meu rosto cheio de marcas. -Olhe para você. Esta cheia de marcas roxas. -ele colocou  a sua mão em meu braço e a minha reação automática fui  tirar o meu braço da sua direção. Eu estava imaginando como seria novamente sentir aquela dor aguda.
-Estou bem, de verdade. -sussurrei indo abraçá-lo.
Como era bom ter o meu anjo novamente perto de mim. Perto dele toda a escuridão da minha alma evaporava.
-Promete que nunca vai de deixar?-perguntei ainda em seus braços. As lágrimas começaram a escorrerem pelo meu rosto.
Edward segurou o meu rosto entre suas mãos e me beijou.

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