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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O outro lado - capitulo 14

Capitulo 14: Finalmente aliados: Parte 2 

Versão Edward

Eu tinha tentado não demonstrar a raiva e o ódio perto da minha Andie. Mas, agora, eu não podia me controlar.
Todas as minhas células gritavam por vingança. No fundo, tinha sido tudo culpa minha. Se eu não a tivesse deixado, não teria acontecido uma coisa dessas com a minha Andie. Mesmo tentando pensar racionalmente, eu ainda tinha a louca vontade de ir até onde o desgraçado se encontrava e o matá-lo.
Os lobos deviam ter o matado quando puderam. O monstro que estava escondido dentro de mim, na parte mais obscura, estava louco para sair.
Louco pelo desejo de vingança. Eu me perguntava se Andie ficaria magoada comigo se eu o matasse. Mas, eu sabia perfeitamente que ela ficaria até feliz, mais o problema era a sua mãe.
Andie amava sua mãe demais para partir o coração dela. E todos sabiam que sua mãe amava Ted mais que tudo, até mais que seus próprios filhos.
Acelerei o mais que o meu carro podia agüentar. Foi diretamente para a casa da Andie.
Seria muita sorte minha se o desgraçado estivesse em casa. Bom, seria sorte apenas minha.
O desejo estava muito mais forte agora, a minha garganta começou a arder e isso me fez rir, talvez eu perdesse o controle com o Ted, não seria nada mal.
Então o rosto de Carlisle venho a minha mente. Eu não podia fazer isso com ele. Ele tinha lutado tanto por mim.
Eu não poderia fazer uma coisa com o homem que me salvou, apesar de me tornar um monstro.
Quando finalmente eu já me encontrava na frente da casa de Andie. As luzes da casa estavam completamente apagadas, mais eu ainda podia sentir o cheiro que emanava da casa.
Eu podia ler a mente do desgraçado. Ele estava pensando que deveria ter feito aquilo com a Andie há muito tempo.
Pude perceber que ele já fazia isso com crianças há muito tempo. E essa era a primeira vez que ele tinha feito com uma criança mais madura, era assim que ele se referia a minha Andie.
Segurei o volante com mais força, tentando expressar a minha raiva. As imagens se passaram pela cabeça ele, e foi ai que eu perdi o controle completamente.
Sai rapidamente do carro, com a minha velocidade sobre-humana e foi diretamente para a casa.
As portas estavam completamente trancadas, pode ver que o Ted estava em pânico quando ouviu a minha mão na maçaneta, a fazendo fazer um barulho estrondoso.
Girei a maçaneta com mais força, a fazendo ceder. Entrei na casa escura, contando cada passo, cada batida de coração da pessoa presente na casa. O coração estava mais rápido a cada segundo.
Olhei para a escada a minha frente, pensando em não deixar aquele desgraçado sair com apenas alguns ferimentos.
Subi as escadas, contando cada passo meu. Quando finalmente eu cheguei ao corredor, olhei para o quarto onde estava Ted, ele estava escondido em um canto escuro, como se isso fosse realmente  me impedir.
Andei até a pequena porta de madeira branca, e me concentrei em apenas causar dor no desgraçado, e não beber do seu sangue.
Abri a porta e eu pude ver os olhos de Ted brilhar na escuridão. Andei lentamente na sua direção. Afinal, eu tinha muito tempo.
Quando os seus olhos finalmente me encontraram ele tentou correr. Mas aquela velocidade não era exatamente muito rápida para minha espécie.
Agarrei o seu frágil pescoço e o segurei com o mínimo de forças que eu tinha.
Deixei o monstro dentro de mim, o monstro que estava escondido há muito tempo, sair completamente.

(...)

Depois que terminei com o desgraçado, o deixando quase sem vida. Fui resolver um outro problema que me rodeava.
Andei lentamente pelas pequenas ruas de Forks. Quando finalmente cheguei ao pequeno, e único, hotel da cidade. Olhei ao redor, e fui diretamente para a recepção.
- Por favor... -olhei para a mulher que estava no grande balcão. - Onde eu posso encontrar os Smith?
-Eles não estão no momento. –disse ela. Os seus pensamentos eram em volta dos jovens homens misteriosos.
-Você sabe se eles iram demorar?-perguntei prestando muita atenção nos seus pensamentos.
-Nunca se sabe. - disse ela. -Eles sempre demoram, mais hoje pode ser diferente.
-Em todo o caso, eu vou esperar. -disse indo para o sofá de espera. Sentei-me e fiquei prestando muita atenção nos pensamentos da jovem mulher. Qualquer informação poderia ser muito importante.
Depois que os pensamentos da mulher esqueceram completamente os homens misteriosos, eu fiquei pensando na minha doce Andie.
Eu ainda não podia contá-la que eu me lembrava da minha vida passada. Agora que a Andie também já se lembrava, isso não era tão importante. A verdade, era que, eu sempre me lembrei de tudo. Na minha curta vida humana, eu sempre procurei à linda  jovem que me visitava em sonhos todos os dias.
Eu sonhava com a Andie desde criancinha, e quando finalmente me tornei vampiro, os sonhos se tornaram memórias, então tudo começou a se encaixar.
Ela era o único amor da minha existência. O meu amor por ela era tão forte que não havia palavras para explicá-lo.
Eu nunca mais a deixaria, não deixaria ninguém a machucá-la, fisicamente e mentalmente.
Ela era a razão da minha existência, a razão para eu permanecer vivo, se era que eu estava realmente,  o que eu não tinha completamente certeza.
Eu tinha feito uma promessa a mim mesmo. Nunca a faria sofrer por mim, e por outra pessoa, de todas as maneiras que podiam haver.
Alice viu o meu futuro desaparecendo, e isso era um sinal bom, um sinal que eu ficaria finalmente com o meu amor, o amor de vidas passadas, de muitas vidas.
Tive a sensação de estar sendo observado, e vasculhei as mentes que haviam na pequena sala, para saber quem estava me obseravando.
O que um vampiro estaria fazendo nesse hotel?”  - escutei uma voz vindo de trás de mim.
Virei-me lentamente para poder ver o dono do pensamento. Ele era um homem que aparentava ter uns vinte anos. Seus cabelos eram  pretos e grandes, na altura do queixo. Os seus olhos eram verdes escuros, e ele era bastante alto. Ele usava uma roupa bem casual.
Camiseta branca de manga comprida e uma bermuda preta.
Ao seu lado tinha outro homem, esse aparentava ser mais serio e ele era um pouco mais baixo. Seus cabelos eram castanhos claros acinzentado, os seus olhos eram verdes-musgo. Os seus traços eram mais sérios e rígidos. Diferente do outro, ele usava uma roupa estilo Bad Boy. Usava uma camiseta branca, uma jaqueta de couro por cima, e uma calça jeans surrada.
Eles estavam me fitando com intensidade. Decidi falar primeiro.
-Vocês não os Smith?-perguntei me levantando.
Os dois trocaram um olhar, e depois o mais alto abriu a boca para falar, mais o outro o impediu.
-Somos. -respondeu. A voz dele era um pouco mais grossa que a voz do outro, e tinha um tom mais serio. -Você estava a nossa espera?-disse ele fazendo uma careta sem jeito.
-Estava. -disse olhando no fundo dos seus olhos verdes. Por algum motivo que eu não conhecia, os pensamentos dele eram como um buraco negro. Eu não podia escutar absolutamente nada.
-Será que agente pode falar  em um lugar mais vazio?-perguntou o mais alto, olhando para o seu companheiro.
-Claro. -respondi automaticamente.
Os dois andaram lentamente pelos corredores. E eu andei também lentamente atrás deles.
Entramos em um quarto que tinha duas camas de casal. O quarto não era muito luxuoso mais era bonitinho, apesar de ser totalmente bagunçado.
-Então, como nós encontrou?-perguntou o mais baixo, com os olhos sérios.
-Não é muito difícil encontrar pessoas nesta cidadezinha. -sussurrei automaticamente.
-Você sabe o que somos?-perguntou o mais alto com os olhos confusos.
-Na verdade, não. -disse tentando sorrir. -Mas, faço uma idéia.
-Fale direito!-ordenou o mais baixo.
Ele era um baixinho invocado. Seus olhos demonstravam isso.
-Estou falando. -falei ainda calmamente.
-Desculpa o meu irmão. -disse o mais alto. -Ele não teve intenção.
-Claro que tive. -disse o outro lhe dando um tapa no ombro. -Não seja insolente.
-Claro Dean. -disse o mais alto rindo.
Derepente, eu entendi tudo. A mente do mais alto me fez entender. Eu sabia perfeitamente quem eles eram,  o que faziam.
Eles eram caçadores. Os seus nomes eram: Samuel Winchester e Dean Winchester. Os irmãos que caçavam monstros e demônios.
Eles saiam pelo mundo procurando monstros, salvando vidas.
As historias passaram-se pelos meus olhos. A morte da mãe no quarto do bebê.
O pai que estava desaparecido. Era isso que eles estavam procurando. A morte da namorada do Sam, aquilo ainda o machucava muito.
Ele ainda amava Jéssica, e se culpava pela morte dela. Ele sentia que poderia ter a salvado se tivesse contado tudo antes. Contado que era diferente e que a sua vida não era nada fácil.
-Vocês estão caçando um monstro?-perguntei olhando nos fundos dos olhos de Sam.
Pude ver pelos seus pensamentos  o que eles estavam caçando realmente.
Eles estavam caçando um vampiro que se chamava Christian. Ele era um vampiro que só se sentia feliz quando via o sofrimento das pessoas, especialmente dos humanos.
Ele viajava pelo mundo procurando mulheres bonitas que tinham um dom escondido, ele as transformava e depois que usava de seus dons para seu próprio beneficio, ele as matava.
Agora ele estava na pequena cidadezinha de Forks, e estava procurando uma outra mulher. Ele era um ótimo rastreador, e podia sentir onde estava o melhor poder.
Os irmãos Winchester já estavam atrás desse vampiro há muito tempo, e até agora não tinham conseguido nada.
Se esse vampiro estava em Forks a minha família tinham que se intrometer. Até porque, os irmãos não tinham conseguido nada ainda, e esse vampiro era muito forte para eles lutarem sozinho.
Afinal, eles eram apenas humanos, não tinham nenhum poder. Eles eram fracos demais, para tentar lutar com um imortal.
E esse vampiro destruía todas as cidades onde passava, e isso não poderia acontecer com Forks, até porque, os lobos se meteriam nisso e eu não queria que acontecesse nada com a minha Andie.
A transformação dela já estava quase completa, e se tivesse uma guerra ela entraria. Ela não teria escolha.
E a Yonah ainda estava escondida no passado de Andie. Eu conhecia Yonah bem demais para saber que ela nunca deixaria os seus irmãos lutarem sozinhos.
Eu não poderia deixar a Andie se meter nisso. Eu não poderia suportar novamente a dor de perdê-la, de vê-la morrer novamente.
Aquela memória me causou uma dor enorme, cruel. A memória de vê-la pegar fogo e eu não puder fazer absolutamente nada. Ver os seus lindos olhos cor de mel sem vida alguma.
-Vocês aceitariam se aliar a mim?-perguntei olhando para o rosto serio de Dean Winchester.

(...)

Voltei para casa rapidamente.  A enorme casa estava totalmente silenciosa. Mesmo não tendo qualquer barulhinho, eu ainda podia sentir os cheiros dos meus irmãos na casa.
Estacionei o meu carro e entrei na casa pela janela. Esme detestava a maneira que eu entrava casa, mais eu apenas seguia os meus instintos.
Não tinha sido nada ruim a conversa que eu tive com os irmãos Winchester. Eles ficariam de olho, e me avisariam se o vampiro Christian aparecesse.
Senti o cheiro amadeirado que me fazia sentir como se estivesse nas nuvens.
-Finalmente, conheci a famosa Andie Clearwater!- escutei a voz doce e calma de Esme. –Venha querida!
Andei rapidamente pelo corredor da enorme casa branca. Quando eu finalmente cheguei a enorme escada, pude ver o rosto angelical de Andie.
Esme estava segurando a mão de Andie com delicadeza. Os olhos de Andie estavam brilhando pela luz. O seu rosto ainda estava roxo, com umas marcas horríveis. Era difícil para mim, vê-la daquele jeito.
Os seus cabelos caiam docemente pelos olhos, me impedindo de ver melhor o seu rosto.
-Acho que você já conheceu a Esme. – disse terminando de descer a escada. Os olhos de Andie se viraram para mim e ela sorriu docemente. - Você esta melhor?- perguntei olhando para as marcas roxas em seu rosto.
-Nada, eu já estou melhor. -disse ela abaixando um pouco os olhos por uns segundos. Eu sabia perfeitamente que ela estava mentindo. Ela sempre abaixava os olhos quando mentia.
Apesar de eu conseguir ler a mente de Andie, às vezes tinha uns pontos em brancos que me impediam.
E naquele exato momento era como se estivesse uma nuvem negra sobre os seus pensamentos.
Ela parecia triste, os seus olhos continham uma tristeza enorme. Andei rapidamente até a razão da minha existência, para abraçá-la, mas me contive quando pude ver melhor o seu rosto.
-Como não é nada?-perguntei levantando a minha sobrancelha. - Olhe para você. Esta cheia de marcas roxas. -coloquei a minha mão em seu braço, mais antes que eu pudesse tocá-lo Andie o tirou da minha direção. Olhei para o seu rosto. Ela estava com o rosto retorcido, parecia que estava sentindo dor.
-Estou bem, de verdade. - sussurrou ela baixinho. Ela andou rapidamente e me abraçou. -Promete que nunca vai de deixar?
Como ela poderia dizer uma coisa dessas? Eu nunca a deixaria, por mim, por ela.
Como era bom ter a minha amada em meus braços. Era como se agora tudo estivesse em plenamente calma.
A seu cheiro amadeirado levemente doce me atingiu, fazendo a minha garganta doer. Mas eu não me importei. O meu amor por ela era muito, muito, maior que aquela dor insignificante.
Nada mais importava. Se eu tivesse Andie ao meu lado, tudo estaria bem.
Tudo seria seguro.
Afastei-me um pouco dela, para poder vê-la melhor. Segurei o seu rosto angelical com as mãos e a beijei docemente.

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