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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O outro lado - capitulo 15

Capitulo 15: Encontro.


Versão Andie

Os dias se passaram rapidamente. A dor em meu peito estava melhor, mais não havia me deixado realmente.
Mais quando eu estava com o meu anjo ela desaparecia. A dor e aquele sentimento de repulsa me deixavam completamente.
Edward estava totalmente carinhoso, não que ele não fosse antes, mais agora havia algo a mais.
Ele não me deixou voltar para La Push. Ele ticava comigo sempre, e não me deixava nem por um segundo.
Mesmo eu detestando a idéia de ficar na casa dele, resolvi não discutir.  Afinal, eu queria ficar com ele para sempre, mais era meio estranho com aqueles vampiros.
Não que eles não fossem bons comigo, pelo contrario. Eles estavam sempre conversando comigo e me perguntando alguma coisa.
Abri os olhos rapidamente, e a primeira coisa que eu pude ver era o rosto do meu amor. Ele sorriu docemente quando encontrou os meus olhos encontraram os seus.
Edward estava sentado ao meu lado na cama. Os seus cabelos estavam totalmente bagunçados, o que me fez rir.
Nunca em minha vida eu tinha visto o meu anjo com os cabelos daquele jeito.
Ele se aproximou lentamente de mim e colocou os seus lábios nos meus. Os seus braços se passaram a minha volta, me puxando mais para ele.
Os nossos lábios se moviam lentamente. Os lábios de Edward se moviam com ternura. Às vezes ele passava sua mão gelada pelo meu braço bom, me fazendo estremecer.
Ele começou a sussurrar que me amava e eu sussurrava que também. Ele me deitou lentamente na cama, sem interferir o nosso beijo.
O meu coração começou a se acelerar, e aos poucos eu pude escutar o som ele em meus ouvidos.
Edward me apertava contra o seu corpo de mármore. O gelado do seu corpo me fazia sentir consigas, e os meus pelos da nuca se arrepiaram.
Nossas respirações ficaram ofegantes, e o meu amado retirou os seus lábios dos meus lentamente, em relutância.
Ele me alinhou em seu peito de mármore e segurou a minha mão com delicadeza. Depois de alguns segundos ele começou a fazer carinho em meu pulso com o dedo indicador.
-É melhor nós irmos. - disse ele passando o seu dedo gelado em meu pescoço. -Sua mãe já deve estar tendo alta.
Mesmo eu não querendo me encontrar com o cretino do Ted, eu ainda tinha que ir ao hospital.
Depois de algumas semanas a minha mãe já estava de alta, e seria bom para ela ter os seus filhos ao seu lado.
Eu não tinha visto o meu doce e carinhoso irmão à semanas, e muito menos a minha mãe. Eu falava com o Eric pelo telefone de vez em quando.
Eu não tinha ido a La Push na ultimas semana. Edward não podia entrar lá, então, eu resolvi ficar com ele.
Eu já estava completamente diferente do que era antes. A minha visão estava dez vezes melhor, e os meus outros sentidos também.
Edward dizia que faltava apenas dias para a minha transformação. Na verdade eu já podia sentir isso.
Eu não estava mais caindo frequentemente, e também era muito raro sentir frio.
-Então vamos. -disse me levantando da cama de casal do quarto de Edward.
Ele se levantou rapidamente e segurou a minha mão boa. Apesar te der se passado três semanas dês que o meu braço foi quebrado, ainda doía muito.
O tempo tinha se passado rapidamente, desde o dia que o Ted tinha acabado com a minha paz. Não parecia mais tinha se passado três semanas.
Balancei a minha cabeça tentando afastar aquelas memórias que me causavam dor. Edward me colocou na sua frente e colocou os seus olhos nos meus.
Os seus lindos olhos dourados estavam preocupados, e no fundo, eu sabia perfeitamente o motivo.
Eu não era a única preocupada com o encontro inevitável. Seria horrível fingir que nada tinha acontecido.
Seria horrível encarar a minha mãe. Encaram o monstro dos meus pesadelos.
Todas as noites eu sonhava com aquele dia horrível. Acordava chorando no meio da noite. Muitas vezes eu tive medo de dormi, e apenas tentava ficar completamente acordada, mais tinha uma hora que o cansaço me tomava, então eu dormia.
Era nessas horas onde eu começava a gritar. Quando eu abria os olhos e  encontrava aqueles lindos olhos do meu anjo completamente apavorados, cheios de medo.
Ele me abraçava com força e me alinhava em seu peito de mármore e cantarolava em meu ouvido para me acalmar.
Então eu apenas ficava em silencio, tentando esquecer os sonhos, e apenas prestar atenção em sua voz doce.
Era exatamente assim que aconteciam todas as noites, e para a minha sorte, eu ainda tinha o meu anjo ao meu lado, porque sem ele eu estaria completamente perdida.
-Tem certeza que quer ir?-perguntou ele me puxando para a realidade.
Eu ainda não estava pronta para o encontro, para encarar. Mas não havia outra madeira.
Tentei memorizar exatamente o que eu ira fazer. Eu apenas tinha que chegar lá e fingir que nada tinha acontecido. Ah, eu também tinha que tentar sorrir.
Edward percebeu que eu estava muito longe, perdida em meus pensamentos, e me abraço fortemente.
Aquilo era exatamente o que eu precisava. Aquilo me deu um pouco mais de forças para encarar a realidade.
-Agora eu estou. -sussurrei lhe dando um selinho.
Andamos de mãos dadas pela casa. Quando nós estávamos chegando a enorme escada, eu encontrei  três pares de olhos me encaram.
Esme estava sorrindo para mim. Mesmo eu tendo passado muito pouco tempo com ela, eu já tinha aprendido a amá-la, era como se ela posse uma terceira mãe.
Os seus olhos dourados  estavam me encarando com intensidade. Os seus olhinhos estavam cheio de amor e ternura.
Olhei para o outro par de olhos, ao lado de Esme. Alice estava sorrindo alegremente.
Alice já era uma pessoa muito especial na minha vida, mesmo ela me usando para ser o seu manequim.
Olhei lentamente para a outra pessoa que estava parada no topo da escada. A loira de cabelos longos estava me olhando preocupadamente. Ela sorriu gentilmente quando encontrou os meus olhos. Rosalie e eu tínhamos passado horas conversando sobre vidas passadas, sobre crianças. Na verdade, o que tinha nós aproximado era o nosso amor por crianças. Eu sempre tive um amor insano por aquelas coisinhas pequenas. E parece que Rosalie era como eu.
Eu conseguia entender os sentimentos de Rosalie sobre a imortalidade. Eu não pensava como ela, mais conseguia entender.
Edward passou o seu braço pela minha cintura e praticamente me carregou até o seu carro.
Entramos no carro prata de Edward, então ele ligou o carro.
A viajem foi muito silenciosa e às vezes eu podia sentir a quentura subindo pelas minhas pernas e indo a direção a minha cabeça.
Quando chegamos ao pequeno hospital, Edward ficou me olhando por alguns segundos antes de abrir a porta.
-Eu estou bem. -sussurrei, tentando sorrir. Parecia que Edward não tinha acreditado nas minhas palavras, mais para fazer a verdade, nem eu mesma tinha acreditado nisso. Eu estava repetindo mentalmente que eu estava bem e que tudo ficaria bem, mais nem mesmo isso me acalmou. Minhas mãos começaram a tremer e a quentura estava cada vez mais forte. Parecia que eu iria explodir a qualquer momento.
Os olhos de Edward ficaram sérios e naquele momento eu pude perceber que ira me transforma em loba, bem ali, na frente do hospital.
Edward me puxou para seus braços. Naquele momento, eu tive medo de machucá-lo. Se eu me transformasse perto demais poderia feri-lo profundamente.
-Sei que você não vai me machucar. -disse ele em meu ouvido.
-Eu não tenho completamente certeza. -disse a ele, tentando sair de seus braços. Então quando ele viu o que eu estava tentando fazer, ele me apertou mais contra o seu corpo esculpido. Então como fosse uma reação automática, eu fiquei completamente calma.
-Não se preocupe com nada, meu amor. -disse ele me beijando.
-Irmã!-gritou alguém ao longe.
Retirei os meus lábios dos lábios do meu amado, sem ao menos realmente querer.
Virei-me para poder fitar o dono da voz que me chamava.
Eric estava sorrindo alegremente, ele estava andando rapidamente vindo na minha direção. Os seus lindos olhos azul-safira brilhavam de alegria. Os seus cabelos estavam ligeiramente bagunçados.
-Como eu estava saudade de você!-disse ele me abraçando. -Você simplesmente se esqueceu de mim. -murmurou ele olhando nos meus olhos.
-Não fale isso nem de brincadeira. -disse para ele. O meu doce irmão estava muito diferente.
Ele estava muito maior que da ultima vez que eu o vi. Ele estava bem mais musculoso.
Parecia que o mundo tinha acabado naquele momento. O meu irmão estava se parecendo com um....um...lobo.
Ele estava muito parecido com os garotos da alcatéia. Ele estava muito parecido especialmente com o Jacob. Quero dizer, os seus músculos e o seu tamanho. Porque na verdade, o meu irmão não tinha nada vez com o Jacob.
Eric tinha os cabelos pretos ondulado, ele me lembrava muito o super-homem. Sua pele era bem mais clara que a minha, ele era bastante alto. E os seus olhos eram azulzinhos. E o seu rosto era doce e calmo.
-Eric  o que aconteceu com você?-perguntei olhando para as suas roupas.
Ele estava usando uma bermuda e uma camiseta sem manga preta.
-Eu não acho que devemos falar sobre isso, agora. -disse ele olhando ao redor.
-Você agora é um lobo?-perguntei baixinho.
-Por incrível que pareça eu sou. -disse ele passando a mão nos cabelos, envergonhado. - Melhor agente entrar!-disse ele depois de alguns minutos.
Eric olhou para Edward depois de alguns segundo. E por incrível que pareça não era um olhar que geralmente os lobos olhavam para os vampiros. Era um olhar amigável,  o que me surpreendeu.
Os dois trocaram um sorriso e depois agente começou a andar pelo hospital.
Depois de alguns minutos, agente já estava na frente do quarto da minha mãe. Edward me olhou, e eu entendi a pergunta silenciosa.
 Balancei a cabeça, respondendo a pergunta. Quando entramos no pequeno quarto branco eu pode ver a minha mãe sentada na cama com um copo  d’água em sua mãos. Ela parecia preocupada com alguma coisa.
Então ela encontrou os meus olhos e ela ficou mais seria.
Edward me apertou mais forte contra o seu corpo. Então os meus olhos visualizaram o ser que estava sentado na cadeira ao lado da minha mãe.
O meu sorriso se desmanchou. Por um segundo, só por um segundo, eu pensei que seria capaz de ficar calada e não chorar.
Mas, quando eu acabei de ter aquele pensamento, as lágrimas invadiram os meus olhos com suavidade.
Eu fiquei ali, apenas esperando a dor passar, esperando as lágrimas pararem de me consumi.
Elas escoriam lentamente pelo meu rosto, e manchando a minha blusa roxa de manga comprida.
Ted me encara com ódio, como se fosse eu que tivesse feito algum mal a ele.
Pude perceber que ele estava muito machucado. O seu rosto estava com muitos machucados e os seus braços e pernas estavam enfaixados.
Voltei os meus olhos para a minha mãe, e naquele momento eu pude ver a raiva em seus olhos.
Respirei profundamente algumas vezes, depois andei lentamente até a cama.
-Será que vocês podem me deixar sozinha com a minha filha?-perguntou a minha mãe, sem olhar para mim.
-Será que você pode me ajudar garoto?-perguntou Ted, olhando para o meu irmão.
Eu realmente não tinha percebido que o cretino do Ted estava em uma cadeira de rodas.
Meu irmão se aproximou dele e o empurrou para fora do quarto.
Edward me olhou e andou até o meu lado.
-Você vai ficar bem?-perguntou ele.
-Vou. -tentei sorrir. -Afinal,  o que poderia me acontecer?
Ele beijou a minha testa e andou lentamente até a porta, e depois quando já estava fora do quanto, fechou a porta.
-Eu fiquei sabendo de uma coisa que eu não gostei nada. -disse a minha mãe. - Andie, você esta espalhando por ai que o meu marido tentou te violentar?
O choque atingiu o meu rosto. Eu não tinha dito a ninguém.
Espera ai. Tentou?
Um bolo se formou na minha garganta.
-Você esta inventando uma coisa dessas?-ela disse mais alto. –Como você pode? Ele nós ajudou quando nós mais precisamos. Quando o seu pai não estava, era ele que estava lá nos ajudando. -o rosto da minha mãe ficou vermelho pela raiva. – Quantas vezes ele lhe comprou remidos? Quantas Andie?-ela gritou.
-Muitas... -sussurrei enxugando as minhas lágrimas.
-Se não posse ele eu não sei o  que seria da gente. -ela sussurrou. -E você paga como? O difamando por ai...
-Eu não estou difamando ninguém. -encontrei a minha voz. -Eu só estou dizendo a verdade.
-Se ele tentou alguma coisa com você foi porque você procurou. -disse ela ferindo o meu coração. -O que você tinha que cheirar atrás dele?-ela gritou. - Era porque você estava querendo mesmo. Você estava querendo da pra ele!
Aquilo era o máximo que eu podia agüentar. As lágrimas começaram a saírem mais ferozmente e os soluços venho com elas.
A minha mãe estava dizendo aquelas coisas mesmo? Ela estava acreditando nele? E não na sua filha?
Aquilo era a pior coisa  que eu podia suportar. Eu naquele momento  queria morrer queimada novamente, eu precisava.
-E onde você esteve esse tempo todo?-perguntou ela. -Não minta, eu sei que você não esta dormindo em casa.
-Na casa da tia Sue. -menti.
-Este tudo explicado. -ela colocou as mãos na cabeça. – E a Leah que estava colocando minhocas na sua cabeça.
-Isso não tem nada haver com a Leah!-gritei.
Leah tinha me ajudado na hora que eu mais precisava e eu não deixaria minha mãe falar assim dela.
-Eu estou sabendo muito bem que a sua prima esta  metida em problemas. -disse ela me fuzilando com os olhos. –Ela até já faz parte de uma gangue.
-Não é uma gangue. -disse.
-Então você também faz parte?
-Ainda não. -disse me sentando. Eu estava totalmente sem força, até para falar.
Fechei os meus olhos deixando a dor me tomar.
-Você vai retirar tudo  o que esta dizendo do meu marido. -gritou ela.
O silencio tomou conta do quarto. Depois de alguns segundos eu senti uma mão fria em meu rosto.
-E você garoto!-começou a minha mãe. -Eu quero a minha filha na minha casa hoje à noite. Se ela não aparecer, eu chamo a policia para você!
Senti um frio percorrer o meu corpo. O cheiro doce de Edward ficou mais forte.
Eu estava longe demais para abrir os olhos. A tristeza, o desgosto, já tinham tomado o meu ser.

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