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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O outro lado - capitulo 17

Capitulo 17: Completamente medo

Três meses depois...

Olhei para a pequena escola a minha frente. O dia estava muito lindo. O sol finalmente tinha aparecido, não muito, mais dava para ver um pouquinho.
Estacionei o carro do meu pai na única vaga que estava vazia no pequeno estacionamento.
Respirei fundo. Essa seria a primeira vez que eu veria Edward depois das férias de verão.
O meu coração começou a aceleram rapidamente. O meu amor por ele tinha aumentado dez vezes, o que eu pesava não ser possível.
Eu já estava bem melhor que antes. Eu já não sentia aquela repulsa de mim mesma. O que já era um grande progresso.
Eu já estava conseguido viver comigo mesma, e com as minhas memórias obscuras.
Respirei profundamente, tentando me acalmar. As minhas mãos começaram a tremer pelo nervosismo.
-Olha, quem finalmente apareceu!-escutei uma voz vindo de fora do carro.
Jéssica estava sorrindo alegremente, o que não era uma coisa que acontecia com frequência.
Ela estava muito diferente. Os seus cabelos estavam um pouco mais escuros, na verdade, estava muito mais escuro. O seu cabelo estava com o mesmo corte do meu, e a cor também.
Tentei fingir que era apenas uma coisa normal. Quem eu estava tentando enganar?
Jéssica estava muito parecida comigo. Até a sua pele estava mais bronzeada.
Peguei a minha bolsa e sai do carro. Coloquei a toca da minha camiseta de manga comprima branca.
Apesar de eu não estar sentindo realmente frio. Eu tinha percebido que todos estavam muito protegidos do frio, e resolvi fazer o mesmo.
Todos a minha volta estavam reclamando do frio. Olhei para céu novamente. O céu agora estava com mais nuvens negras.
-Parece que vai cair uma chuva. -disse Jéssica acompanhando o meu olhar. Jéssica fazia umas caretas enquanto olhava para o céu cheio de nuvens.
-Não quero estar aqui quando isso acontecer. -disse olhando para Jéssica. Ela simplesmente riu do meu comentário.
Eu nunca fui muito amiga da Jéssica, e agora, eu estava tentando ser o mais gentil possível. Mesmo tendo uma louca vontade de dar risada da sua cara. Ela parecia uma versão mais branca de mim.
Não, ela não se parecia nada comigo. Mas parecia que ela pensava isso.
Então uma pergunta surgiu na minha cabeça: Porque ela estava querendo se parecer comigo?
Eu nunca tinha sido popular. Na verdade, essas coisas nunca fizeram o meu género. Diferente de Jéssica. Ela sempre estava tentando entrar para a “elite” da escola, mais até agora, não tinha conseguido.
-Andie!-escutei uma voz fina vindo na minha direção.
Eu reconheceria aquela voz a qualquer lugar, a qualquer distancia.
Ângela estava vindo na minha direção rapidamente. Os seus braços apertos para me receber, e o sorriso estampado em seu rosto.
Ela praticamente me agarrou. Ângela me apertou contra os seus braços.
-Você sumiu. -disse ela em meu ouvido. O seu tom tinha sido triste.
A preocupação ficou óbvia em meu rosto. Afastei o meu rosto do ombro de Ângela, e fitei o seu rosto procurando qualquer vestígio de tristeza.
O seu rosto doce estava muito preocupado. Ela tinha olheiras enormes em volta dos olhos escuros.
Ela percebeu o meu olhar e apenas tentou sorrir timidamente.
-Onde esteve esses meses?-perguntou ela me encarando com os seus olhinhos cheios de preocupação.
-Eu fui para a casa do meu avô nas férias. -disse olhando agora para a Jéssica. Ela parecia estar totalmente entediada, como se já tivesse visto tudo aquilo mil vezes.
Não pude deixar de revirar os olhos, mais sem tirar os meus olhos de Jéssica. Ângela percebeu a minha atitude e riu docemente.
Ângela se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido. -As coisas estão muito diferentes. - os seus olhos voltaram para a Jéssica que estava olhando alguma coisa. -Jéssica esta tentando arrumar um namorado pelas suas costas. -disse ela baixinho.
-Como assim?-sussurrei olhando por alguns segundo para a minha cover.
- Depois eu te conto. -sussurrou Ângela fazendo um sinal de relógio com os dedos.
-Ta bem. -disse olhando para as escadas a minha frente.
Um sinal tocou freneticamente. As pessoas praticamente correram para a escola.
Eu apenas fiquei no mesmo lugar parada. Sem ao menos mexer algum músculo.
-Vamos!- disse Ângela pegando a minha mão, e praticamente me carregando para a escola.
Andamos pelos corredores rapidamente. Olhei para trás e vi Jéssica correndo atrás de mim freneticamente. Os seus cabelos estavam totalmente bagunçados pelos movimentos rápidos.
Apesar de o corredor estar totalmente cheio, nós podemos nos mover rapidamente. E às vezes os meus ombros encostavam-se a outro. Eu não me dava a ordem de me virar e ver de quem era o outro ombro. Eu apenas sussurrava um “Desculpe” e deixava Ângela me arrastar pelos corredores.
Ângela andava rapidamente, eu fiquei vendo os seus pés se moverem rapidamente. A sua respiração estava ofegante e eu me perguntei se ela nunca mais pararia de correr e de praticamente me arrastar.
Finalmente os pés de Ângela começaram a se mover mais lentamente. Pude perceber que os seus olhos se fecharam por alguns estantes.
A sua cabeça se virou lentamente e ela colocou os seus olhos nos meus.
-Achei que agente iria acabar perdendo a aula. -era óbvia que ela estava tendo dificuldades para falar. Andes de cada palavra ela respirava profundamente e fechava os olhos com força.
Ela colocou a sua mão no peito e sorriu docemente quando abriu os olhos. Os seus cabelos escuros estavam totalmente bagunçados. Eles caiam bagunçadamente sobre seu rosto.
-Nossa que consideração que vocês têm para com a minha pessoa!-disse Jéssica ficando na minha frente. A sua mão estava na cintura e o seu pé  batia constantemente no chão raivosamente.
-Desde quando você fala formalmente?-perguntou Ângela olhando para o rosto serio de Jéssica.
-Desde agora. -respondeu Jéssica colocando a outra mão na cintura. - Que tipo de amigas vocês são?-perguntou ela olhando friamente para mim.
Eu abri a minha boca para responder, mais Ângela fez um sinal com a mão, como se fosse parar as minha palavras. Eu apenas fiquei calada.
Mas uma coisa eu tinha completamente certeza. Ângela estava muito diferente, eu não sabia o que era exatamente, mais que ela estava, estava.
-Jéssica porque você já estar nervosa?-disse Ângela cruzando os braços em volta de si.
Quando eu ouvia a voz de Ângela um frio percorreu a minha espinha. Não havia nenhum traço da voz doce e meiga da minha melhor amiga. A sua voz estava completamente fria e maligna.
Balancei a minha cabeça ferozmente. Ângela nunca tinha falado daquela maneira, ainda mais naquele tom de ameaça. O frio continuou a percorrer o meu corpo.
-O que você esta esperando?-perguntou Ângela batendo o pé no chão, exatamente como Jéssica fizera.
-Já estou indo. -disse Jéssica com os olhos cheios de lágrimas. As lágrimas percorreram o seu rosto rapidamente. Então se passou alguns segundo e Jéssica saiu correndo, às vezes eu podia  escutar os seus soluços altos e frenéticos.
-Jéssica!-a chamei e deu um passo para frente com o desejo de ir atrás dela.
Antes que eu pudesse continuar o meu desejo, Ângela colocou a sua mão na minha frente. Levantei os meus olhos para o seu rosto. Os seus olhos continham um brilho maligno muito forte.
-A deixe ir. -disse ela ainda friamente. Então como se nada tivesse acontecido, o seu rosto voltou ao normal. O seu rosto estava calmo e doce novamente.Ângela me olhou de cima a baixo e sorriu. -Estamos atrasadas. -disse ela calmamente. -Vamos!-disse ela pegando a minha mão novamente e me carregando para dentro da sala.
Ângela me fez sentar ao seu lado, e eu não me atrevi a discutir.
Ângela não estava normal. Ela não parecia nenhum pouco com a minha melhor amiga.
Eu nunca tinha visto Jéssica choram por nada. Nem mesmo quando o seu pai morreu, ela simplesmente não derrubou nenhuma lágrima no intero.
Olhei lentamente para Ângela que estava ao meu lado. Por um segundo eu tinha jurado que tinha visto uma nuvem negra sobre a sua cabeça.
Mas ela desaparecendo tão rápido que eu não pude realmente jurar.
Ângela olhou para mim rapidamente, e eu fiquei congelada.
-O que foi?-perguntou ela me encarando. -Como você esta estranha... -escutei ela murmurar quando voltou os seus olhos para o caderno.
-Agora era eu que estava estranha?-perguntei a mim mentalmente.
Ângela que estava agindo daquele jeito e ainda vem me falar que eu estava estranha... Só por Deus!
A verdade era que eu estava tendo um pressentimento muito ruim em relação à Ângela.
Eu realmente nunca tive medo de coisas sobrenaturais, mais naquele momento eu estava com muito medo de Ângela.
Abaixei os meus olhos para o meu caderno aberto na mesa. Parecia que eu estava em um filme de terror e que Ângela viraria a qualquer momento para mim.
A aula terminou finalmente. Para mim tinha durado séculos e que eu ficaria presa lá para sempre.
Levantei rapidamente e coloquei as minhas coisas na bolsa. Quando eu finalmente ira passar por Ângela para eu poder sair da sala ela pegou a minha mão e olhou para o meu rosto.
Os olhos de Ângela estavam um pouco fechado. O seu rosto estava com uma expressão seria e fria.
Os seus olhos estavam brilhando de raiva.
-Onde você pensa que vai?-perguntou ela entre dentes. Depois de alguns segundos ela fechou a boca e trincou o dente. Eu pude escutar o barulho de seus dentes se encontrando uns com os outros e causando um barulho irritante.
-Para casa. -respondi tentando soar normalmente. -Aonde mais eu iria?- tentei sorrir.
-Não sei. -disse ela ainda me encarando friamente. -Pensei que você ira me dizer.
-Eu já disse, Ângela. -disse puxando o meu braço lentamente. -Estou indo para casa.
-Você não mentiria para mim, não é?-perguntou ela levantando a sobrancelha.
-De maneira alguma. -disse abrindo a minha bolsa. Peguei uma blusa de frio e  comecei a colocá-la. Eu realmente não queria colocar uma blusa de frio, mais aquela era a única maneira que eu tinha encontrado para fazer Ângela soltar o meu braço. -Amanha agente se vê. -sussurrei depois que coloquei a minha blusa preta. Sai da sala antes que Ângela pudesse dizer qualquer coisa, e me obrigasse a ficar perto dela.
Coloquei a minha bolsa nas costas e terminei de fechar a minha blusa. Coloquei  o capuz da blusa na minha cabeça tampando completamente os meus olhos.
Continuei andando pelos corredores rapidamente. A única coisa que eu conseguia ver eram os meus próprios pés.
Derepente, eu vi uma sombra na minha frente. Pude perceber que era uma pessoa que estava impedindo a minha passagem.
Tirei o capuz da minha cabeça e olhei para frente. Por alguns segundos eu tive medo que fosse Ângela, mais felizmente não era.

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