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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O outro lado - capitulo 18

Capitulo 18: Transformação


O meu coração começou a se acelerar de medo. Mesmo eu sabendo que não tinha perigo algum. O meu coração estava quase saindo pela boca.
O real motivo do meu medo absurdo era o pânico que ainda corria em minhas veias. Os sentimentos de medo e agonia, estavam se fundindo em mim.
Olhei para cima lentamente, encontrando dois pares de olhos verdes.
Respirei profundamente, tentando acalmar a minha respiração ofegante. Todos os meus músculos estavam fracos, e por um segundo, eu pensei que iria cair, mais antes que isso pudesse acontecer, senti uma mão firme em meu braço, me impedindo de cair.
Depois que eu já estava completamente normal, sem nenhum vestígio de fraqueza, olhei para os olhos verdes do meu salvador.
Ele era um homem que deveria ter uns vinte anos. Os seus cabelos eram castanhos claros, levemente arrepiados. E um pouco mais claro nas pontas.
Os olhos eram verdes-esmeraldas, que escondiam uma tristeza sem fim. O seu rosto era bem serio, mais os seus olhos diziam ao contrario.
Eles diziam que o seu dono não era uma pessoa seria realmente, mais que era uma pessoa simpática e doce, e guardava uma tristeza muito grande em seu coração.
_Obrigada... - sussurrei.
_Não a de que. - disse ele soltando o meu braço.
_Será que podemos falar com você? -perguntou o outro homem, que estava um pouco atrás do meu salvador.
Olhei por uns segundo para o homem que estava mais atrás. Ele sim parecia ser mais simpático e doce, mais olhando nos seus olhos eu pude ver a tristeza, também.
Voltei os meus olhos para o meu salvador. Ele estava agora um pouco mais simpático, e quando percebeu o meu olhar, ele tentou sorrir.
Mais estava na cara que ele estava se esforçando bastante para sorrir daquele jeito. Os seus músculos estavam todos enrijecidos.
Eu queria dizer alguma coisa naquele instante. Dizer para ele não forçar tanto no sorriso, mais eu simplesmente ignorei.
_Então podemos? -perguntou o meu salvador me encarando. Os seus olhos estavam um pouco mais calmos agora, e isso por incrível que pareça, me acalmou também.
Eu não sabia o motivo real daquele sentimento. Mas eu sentia uma gratidão muito forte em relação ao meu salvador. E eu sabia perfeitamente, que não era só porque ele tinha me impedido de cair, era bem mais que isso. Mas eu também tinha completamente certeza que eu nunca tinha o visto na vida.
_O que ? -perguntei ainda confusa. A minha mente parecia uma cachoeira. Eu tentava entender  o que estava acontecendo, mais as coisas iam embora rápido demais. Naquele momento eu me senti uma completa idiota. Nada na minha cabeça fazia sentido. E não era por causa do meu salvador. Não que ele fosse feio, pelo contrario, ele era realmente muito bonito, mais não era isso.
Eu só tinha olhos para uma pessoa no mundo,  essa pessoa tinha um único nome: Edward Cullen.
Era como se algo estivesse me impedindo de pensar. Era como se estivesse uma nuvem negra nos meus pensamentos, os bloqueando completamente de mim mesma.
Então como se posse um choque elétrico. Eu já estava pensando normalmente. Eu podia sentir algo muito estranho. Era como se fosse uma áurea maligna sobre mim, mais não era eu exatamente, mais estava muito perto.
Tive a sensação de estar sendo observada. Virei a minha cabeça rapidamente, mais não havia nada atrás de mim.
_Ele estava aqui... -disse o homem que estava atrás do meu salvador. Ele deu um largo passo para frente, e olhou para a direção onde eu estava olhando. Os seus olhos estavam apavorados, e eu também estava com muito medo. Um medo que me impedia de falar ou fazer qualquer outra coisa. A única coisa que eu podia ouvir era o meu coração ecoando nos meus ouvidos freneticamente.
Eu estava completamente apavorada e paralisada. O medo que estava sentindo naquele momento era muito mais forte. Muito mais forte  que o medo que eu tinha sentido em relação à Ângela. O medo que Ângela me fizera sentir era insignificante perto daquilo.
Olhei lentamente para o rapaz de cabelos negros que estava também apavorado ao meu lado. Ele também olhou para mim na mesma hora. Os seus olhos estavam parados e apavorados.
Depois que ele me encarou por uns segundos, ele olhou para trás e encarou o meu salvador.
_ O que vamos fazer Dean? -perguntou ele. Sua voz estava tão baixa e sem vida.
Os meus olhos foram para o meu salvador, e naquele momento eu vi o pânico nos seus olhos tristes.
_Vamos pega-lo. - disse ele me encarando. Ele olhou para a minha expressão de choque e colocou a suas mãos nos meus ombros. –  Esta tudo bem? O pavor vai passar depois de alguns minutos.
­­­_ Será mesmo? -perguntou o outro. Os seus olhos voltaram para mim. ­ – Ela esta completamente em choque. Será que não é melhor agente conversar depois com ela?- ele se aproximou de mim. – ­Ela não esta acostumada com isso. E no começo é sempre difícil.
­_ Não temos tempo, Sammy. – murmurou o meu salvador. – Se não agimos agora, será tarde demais.
-E haverá muitas mortes. -completou Sammy.
Eles me olharam lentamente. Ficaram me observando alguns minutos. Aquele pavor estava passando lentamente, me deixando calma novamente. Quando não havia mais nenhum sinal de medo ou desespero, olhei para os meninos em minha frente. Eles estavam me encarando como se eu fosse uma louca. Como se eu não entendesse nada do que estava acontecendo.
E no fundo, era realmente tudo verdade, a minha cabeça estava completamente confusa. Eles me encaravam de tal forma, que até chegava à dor. Era como se eu tivesse uma arma apontada para a minha cabeça. Aquele olhar estava acabando comigo. Não que eu estivesse com medo, mais eu sentia um mau pressentimento. O meu coração estava doendo muito, era como se eu tivesse perdendo uma pessoa muito querida. Então o rosto calmo de Ângela invadiu minha mente.
Um sentimento de proteção me tomou. Um sentimento muito forte e puro.
Uma imagem se passou na minha cabeça rapidamente. O rosto de Ângela cheio de sangue. Os seus olhos estavam completamente sem vida. Também tinha um brilho maligno no fundo deles. Um brilho vermelho sangue vivo.
_Podemos falar com você? – perguntou o meu salvador seriamente. – Realmente é muito importante. – ele passou a mão pelo cabelo impaciente. Os seus olhos me fitavam com impaciência.
Balancei a minha cabeça rapidamente. E no mesmo momento Dean sorriu docemente. Sammy apenas me olhou com compreensão.
Dean fez um sinal com a cabeça para que eu o acompanhasse. Sammy andou rapidamente pelos corredores me deixando sozinha com Dean, então o meu salvador sorriu e andou pelo mesmo caminho que o seu amigo percorreu. Ele virou a cabeça para trás e  me olhando.
_Vamos. –  ele fez um sinal com a mão, para que eu também andasse.
Andei em sua direção, e quando eu já estava andando ao seu lado,  ele me olhou e sorriu. Andamos lentamente pelos corredores, enquanto isso eu pensava, revirava a minha mente á procura de algo que pudesse me fazer entender oque estava acontecendo. Meus pensamentos estavam um turbilhão. Vários sentimentos estavam em torno de mim. Mais o pior, o maior, era o de proteção.
Chegamos ao refeitório da escola. Sammy já estava sentado na cadeira. Sua cabeça estava um pouco curvada e suas mãos estavam fechadas em punho. Procurei no seu rosto vestígios de raiva, mais simplesmente não havia nada.
Dean e eu nos sentamos na mesa. O silêncio durou por alguns minutos, até que, eu finalmente escutei a voz grossa e suave de Dean.
Ele se virou lentamente na cadeira, ficando se frente para mim.
_ Você notou alguma coisa estranha com a sua amiga, Ângela?
Pensei por um momento na pergunta. Claro que eu tinha notado. Ela estava completamente diferente. O seu jeito estava maligno, igual ao seu rosto.
_Ela realmente estava muito estranha. – comecei. – Ela realmente estava muito estranha. –comecei. –Eu nunca tinha visto a Ângela daquela maneira. – abaixei os meus olhos me lembrando. O frio percorreu pela minha espinha, coloquei os meus braços a minha volta, tentando me aquecer novamente. – Ela sempre foi muito doce e meiga, mas ela estava... estava... – minha voz simplesmente desapareceu, não consegui terminar a  frase.
_ Era como se ela fosse outra pessoa? – perguntou Sammy. 
_ Como você...? – eu estava muito mais confusa. – Quem são vocês? – fiz a pergunta que já estava na minha cabeça há muito tempo.
_ Pessoas que podem ajudar. – disse Dean, seriamente. Seus olhos verdes voltaram para o meu rosto, e depois de alguns instantes, se viraram para a enorme janela de vidro que tinha a nossa frente.  – Andie, precisamos da sua ajuda. Sua amiga esta precisando da sua ajuda. Ela esta correndo um grande perigo. – ele olhou para Sammy, como se tivesse pensando em como me dizer algo. – Tem um vampiro atrás dela.
_ Um vampiro? – fiquei totalmente apavorada. Como eles sabiam que existiam vampiros? E porque estavam falando disso comigo?  E como esse tal de vampiro estava atrás da minha amiga? E o que tinha isso haver com a mudança de personalidade dela?
_ Não precisa ficar assim, Andie. – Sammy sorriu, parecia estar se divertindo com o meu pânico. – Sabemos que você é uma loba.
_ Sabemos de tudo. – continuou Dean.
Aos poucos eu fui ficando mais calma. E quando minha cabeça estava finalmente em ordem, eu realmente me dei conta da situação.
_ Ângela... – não consegui falar mais nada. As lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto. As coisas estavam se esclarecendo. A minha mente viajou no passado. No dia em que Ângela me disse que tinha visto um homem na floresta.
Os seus olhos eram vermelhos sangue.” – a voz de Ângela ecoou nos meus ouvidos.
_ Christian é um vampiro rastreador. Ele viaja pelo mundo a procura de humanas que terão poderes incríveis quando se tornarem vampiros. – começou Dean. – O poder de Chritian é deixar as pessoas completamente loucas. É  assim que ele faz com as humanas. Ele as deixa completamente loucas, e sem nenhum traço de humanidade. Assim são mais fáceis, assim elas não serão problemas para ele. Elas não se lembrarão da família deixada. Não se revelarão contra ele. – sua voz estava só por um fio. Eu pude sentir a sua tristeza, sentir a sua agonia. Dean fechou sua mão em punho com força.
_ Ele esta fazendo isso com ela? – choraminguei.
_ Sim, ele esta. – sussurrou Sammy. – Se não formos agora, será tarde demais.
_ Então vamos. – afirmei me levantando da cadeira rapidamente. A cadeira fez um barulho horrível, um barulho que me fez estremecer. Se Ângela estivesse em perigo eu tinha que ajudá-la. Eu   lutasse por ela, nem que eu tivesse que dar a minha vida por isso. Eu não deixaria um vampiro a fazer mal.

[...]

Dean e Sam ficaram no hotel, a procura de pistas, um lugar onde o vampiro pudesse estar. Eu já não estava mais aguentando aquela espera, eu tinha que fazer alguma coisa. Qualquer minuto poderia ser único. Me levantei do sofá da recepção e andei rapidamente para a direção da saída. Eu não podia ficar ali parada, eu tinha que fazer alguma coisa.  Andei pelas pequenas ruas até o estacionamento onde estava o carro do meu pai. Depois que eu “briguei” com a minha mãe, eu não aceitava nada dela. Para falar a verdade, eu tinha a cortado da minha vida completamente. Ela tinha escolhido o marido, e eu não mudaria isso, mais não viveria com ela. Ela tinha dito coisas ruins demais para mim. Coisas que ainda estava em mim. Eu nunca esqueceria das suas palavras. Nunca esqueceria a dor que ela me causou. Entrei na picape preta do meu pai. E liguei o carro. Dean ficaria muito bravo comigo. Afinal, eu tinha prometido que esperaria por ele. Mais ele tinha que me entender, era vida ou morte.
  Depois de alguns minutos eu já estava estacionando o carro na frente da casa de Ângela. Sai do carro e andei rapidamente até a porta.
Bati na porta com força, rezando para a minha melhor amiga estar em casa com os pais, completamente segura.
_ Andie? – perguntou o irmão de Ângela abrindo a porta. Os seus olhos estavam vermelhos. O medo me tomou, mais depois de alguns segundos, eu fiquei um pouco mais calma. Nate estava com a expressão confusa, estava óbvio que tinha acabado de acordar. Os seus cabelos estavam meio amassados. Ele estava usando um pijama todo verde.
_A sua irmã esta? – perguntei rapidamente. Nate balançou a cabeça negando.
_ Nataniel, quem está ai? – gritou alguém do andar de cima.
_ A Andie, mãe! – gritou o garoto de sete anos em resposta. O garoto se virou para mim e sorriu docemente. – Acho que a minha irmã vai dormir na casa de uma amiga hoje. – disse ele coçando os olhos com as mãos. – Vai esperar por ela?
_ Não, Nate. Mas se ela chegar em casa pede para ela me ligar, realmente é muito importante. – o menino escutou o que eu disse. Ele não se lembraria, ele estava praticamente dormindo em pé. – Não esquece! – falai o fazendo pular. Depois que ele me olhou, eu andei até o meu carro. Bem, o carro do meu pai.
O meu celular começou a tocar, e quando eu vi quem era o meu coração se acalmou.
_ Ângela, onde você esta?
_ Na escola. Será que tem como você vim me buscar? Estou sem carro.
_O que você esta fazendo na escola uma hora dessas?
_ Nada importante. Bom, pra falar a verdade, eu acabei dormindo. Então o Conner não me deu carona.
Eu realmente não tinha acreditado naquela história. Tinha algo que me dizia para não cair na conversa de Ângela. Mais eu tinha que ir ajudá-la.
_ Estou indo. – desliguei o telefone e fui para a escola.

Quando eu finalmente chegue à pequena escola. o meu coração acelerou rapidamente. Era como se eu estivesse em um grande perigo. Estava tudo completamente escuro. Não tinha nenhuma pessoa no estacionamento. Estava chovendo lentamente fora do carro.
Sai do carro e o tranquei. O sentimento de estar sendo observada me assombrou.  Era como se estivesse uma aura maligna sobre a pequena escola.  No fundo, bem no fundo, eu estava morrendo de medo, mais tentei pensar nas possibilidades de que a minha amiga estivesse bem, salva, então andei até a estrada da escola. A porta estava trancada por dentro, olhei pelo vidro escuro, para poder encontrar, ver algo na escola.  A escola estava completamente vazia, não tinha nenhuma luz acesa, virei a minha cabeça a procura de algo que me ajudasse a entrar na escola.
Não havia simplesmente nada. E naquele exato momento eu escutei um grito vindo de dentro da escola. Olhei apavorada para a porta a minha frente. O medo estava me impedindo de pensar racionalmente. A única coisa que eu pude encontrar na minha mente, era a lembrança da minha melhor amiga. Olhei para o meu braço. Ele ainda não estava completamente bom, mais era ele ou a vida da minha amiga. Respirei fundo, esperando a dor aguda me atingir. Dei um soco na porta de vidro, e por incrível que pareça, ela estava completamente acabada, igual ao meu braço. Tinha umas feridas nele enormes, e também tinha alguns cacos de vidro dentro dos machucados. Escoria o liquido vermelho, manchando a minha blusa branca. Eu estava me sentindo deslocada. Eu estava tentando pensar que era realmente um motivo bom para acabar com o meu braço, novamente. Mais ou era o braço esquerdo que já estava quase bom, ou seria o meu outro braço que ainda estava muito machucado. Apesar, de eu ter escolhido o braço que já estava melhor, a dor realmente era bem fortinha. Eu ainda era humana, meus ferimentos demoravam bastante para curarem. Eu realmente estava apavorada, não por mim, claro. Mais pela minha amiga que estava correndo perigo. Nunca me importei com a minha vida, realmente. A minha existência não era importante. Uma lembrança me perturbou.
A dor estava novamente me assombrando. A dor de ser queimada vida. Mais por quê?
O que tudo isso tinha haver com Yonah?
As respostas estavam na minha cara. Yonah tinha morrido para salvar uma pessoa que amava, muito. E era isso que eu estava disposta a fazer. Eu preferia morrer novamente no lugar de uma pessoa que eu amo.
Consegui abrir a porta e finalmente entrar na escola completamente escura. Andei lentamente pelos corredores escuros. Parecia que eu estava fazendo parte de um filme de terror. Mais aquilo era bem real.
Enquanto eu andava lentamente, e me esforçando para tentar ouvir qualquer barulho, eu senti um cheiro horrível. Era um cheiro que fazia o meu estômago girar, a vontade de vomitar era muito forte.
Coloquei a mão no meu nariz e na minha boca. Os meus pés estavam ficando sem forças, os meus joelhos ficaram moles. Era como se o meu corpo estivesse mil vezes mais pesado.
Era como se eu estivesse caindo em um poço muito fundo. Mas eu não estava em poço, eu estava na escola, tentando salvar a minha melhor amiga.
Forcei as minhas pernas a se mexerem. Era uma força enorme que estava sobre o meu corpo, naquele momento.
Escutei uma risada maligna vindo de trás de mim. Uma risada roupa e no mesmo tempo grave. Olhei para trás rapidamente, mais não havia nada no corredor escuro, era apenas eu e o meu medo incontrolável.
A risada estava ficando cada vez mais distante, então como se fosse uma luz me iluminado, decidi segui-la.
Eu realmente deveria estar querendo morrer, pensei comigo mesma. Não pude deixar de sorrir sarcasticamente. Quem eu estava querendo enganar?
Andei rapidamente, na verdade, eu estava correndo rapidamente atrás daquela risada que me fazia sentir o pior sentimento do mundo.
 A risada parou derepente. Então eu olhei para as duas direções. Eu estava muito perto da quadra da escola. Era a única porta que tinha perto de mim.
Passei pela porta rapidamente, tentando não pensar.
A quadra de esportes estava muito mais escuro que a escola inteira. Mais depois de alguns segundos os meus olhos começaram a  se acostumarem. Eu não estava vendo tudo exatamente, mais às vezes eu podia ver algumas coisas.
 Algo me atingiu rapidamente, me fazendo voar para o outro lado da quadra. Não tinha dado nem tempo para eu perceber de que lado tinha vindo o impacto.
Minha cabeça começou a dor, quando eu cai rapidamente no chão.  Olhei para as minhas mãos, e elas estavam cheias de sangue. Automaticamente coloquei a minha mão direita na testa, então uma dor aguda e forte me tomou. Saia sangue da minha testa, mais não era aquilo que doía realmente. Passei a minha mão pena nunca, senti meus cabelos molhados, e a dor ficou mais forte.
Apóie-me no meu cotovelo para me levantar do chão. Quando eu finalmente estava em pé,  a minha perna direita doeu. Olhei para baixo e pude ver que ela também estava ferida. Apóie o meu corpo todo na minha outra pena, e olhei para os lados. Estava tudo igual a antes, se eu não estivesse sentindo aquelas dores, poderia jurar que não tinha acontecido nada.
_ Fico feliz que tenha vindo. Será ótimo ter mais uma pessoa na festa. – escutei uma voz masculina vindo trás de mim. Virei-me e pude ver o rosto do vampiro.
 Ele era moreno e bastante alto. Os seus cabelos eram negros e sua pele era muito branca. O seu rosto era calmo. Ele sorriu para mim, não era realmente um sorriso sincero, era um sorriso irónico e maligno.
Ele usava roupas simples: Uma camiseta sem manga e uma calça preta desbotada.
_ Onde esta a minha amiga? – sussurrei sem força. Ele sorriu em resposta e olhou para trás de mim. Acompanhei o seu olhar.
Tinha mais duas vampiras logo mais atrás. Uma parecia ser uma onça, o seu jeito felino. Os seus cabelos eram vermelhos, quase laranja.
Os cabelos caiam bagunçadamente pelo seu rosto branco. Tinha outra mulher no lado esquerdo da ruiva. Ela era menor.
Seus cabelos eram castanhos escuros, o seu corpo era pequeno e frágil.
_ Deixe-me apresentá-las. – o vampiro se aproximou de mim e olhou pra a ruiva. – Esta é Victoria. – ele apontou para a mulher felina. Depois de alguns segundos ele olhou para a garota menor. – Esta é Bree. – ele apontou para a garota de cabelos escuros cacheados.
_Oi. – disseram a duas juntas.
Então eu pude ver algo no chão. Passaram-se minutos, então eu consegui ver a minha amiga no chão inconsciente.
_ Ângela! – gritei indo até a minha melhor amiga. Mais o vampiro me impediu, ele entrou na minha frente, rapidamente.
O meu corpo começou a tremer todo. Os olhos vermelhos do vampiro olharam rapidamente para o meu rosto.
Então como se eu não estivesse mais controlando o meu corpo, eu me transformei.
Era como se eu fosse outra pessoa, outro ser. Eu estava mais alta. Olhei para baixo e pude ver os meus pelos brancos.
O vampiro tentou correr, mais não conseguiu. Eu pulei em cima dele rapidamente, o agarrei com os meus dentes afiados e o lancei para a parede e antes que ele se chocasse com a parede eu arranquei o meu braço direito.
A vampira de cabelos vermelhos venho salvar o seu mestre. Ela agarrou o meu corpo enorme e me deu um abraço de ferro.
Senti todos os meus ossos se quebrando. O barulho deles se despedaçando. Depois que a vampira quebrou os meus ossos ela me jogou contra a parede.
No mesmo instante eu me transformei novamente em humana. Contorci-me no chão de dor.
Fechei os meus olhos com força, esperando a morte. Eu não era tão forte para acabar com três vampiros.
Um barulho forte ecoou nos meus ouvidos, me fazendo abrir os olhos rapidamente. A primeira coisa que eu pude ver foi os olhos do meu anjo. Seus olhos estavam tristes, parecia que ele estava chorando, um choro sem lágrimas.
Os seus olhos passaram por Ângela que estava desacordada. Os seus olhos estavam sem vida, eles estavam vazios.
 Eu tinha caído muito perto dela. Comecei a fazer o meu corpo a se mover, mais doía demais. Mesmo doendo muito, eu me arrastei até minha melhor amiga.
Quando eu cheguei perto de Ângela coloquei as minhas mãos em seu rosto frio.
_ Você não pode morrer! – disse chorando. Ela não podia me deixar, ela era minha melhor amiga, e eu não podia viver sem ela. Ângela continuou ali sem vida. A balancei desesperada, eu não podia a deixar morrer, isso era mil vezes pior que o fogo que tinha me consumindo. O meu coração, a minha alma, estava se despedaçando.
As lágrimas que saindo dos meus olhos desesperadamente se fundiam com o sangue da minha melhor amiga, e também com o meu.
A dor de ter quebrados todos os meus ossos estava passando lentamente, mais eu preferia aquilo ao invés de ver a minha amiga daquele jeito. – Vamos acorde! – a balancei ferozmente. Mais era tarde demais.
Coloquei o corpo sem vida da minha melhor amiga em meus braços, fechei os meus olhos, e naquele momento, nada mais me importava, eu também queria morrer.
_ Andie, sai daí! – gritou Edward. Então eu abri os olhos e vi o vampiro correndo na minha direção. O impacto me fez soltar o corpo da minha amiga sem vida. Fiquei esperando a dor me atingir com os olhos fechados, mais não venho.
Abri os olhos e pude ver o vampiro com a minha amiga morte em seus braços. Ele sorriu para mim, e olhou para a minha amiga.
Me levantei  ainda muito fraca. Deixei a raiva tocar conta do meu coração, do meu corpo. Eu explodi ainda sem forças, mais eu não me importava mais, eu lutaria até morrer.
Corri rapidamente até o vampiro e pulei em cima dele rapidamente. Mais antes que ele pudesse sair da minha direção ele mordeu a minha amiga morta. Será que não via que não tinha mais jeito?
 Pulei em cima dele e mordi a sua cabeça a separando o corpo gelado. A raiva era o único sentimento que estava presente em mim.
 Quando não tinha mais nada a se retirar daquele corpo eu me virei para a outra vampira. A vampira pequena, mais ela não estava me encarando com raiva, eu pude ver até a gratidão.
Um gritou me fez olhar para os lados. Tinha saído um grito agudo dos lábios gelados de Ângela.
 Ela ainda estava viva!
Olhei para Edward, ele estava com os lábios no pescoço da vampira ruiva. O corpo da vampira caiu no sem vida, imóvel.
Seis vampiros apareceram derepente, eu pude ver os rostos dos Cullen. Alice andou até a minha direção e eu também pude ver Esme falando com a vampira Bree.
_ Andie, eu trousse um par de roupas para você. – disse-me Alice. Eu estava completamente perdida, meu corpo ficou completamente imóvel.
Edward se aproximou de mim e passou a mão pela minha cabeça. Eu me senti um pouco melhor e fui fazer o que a baixinha tinha me dito.
Andei até o outro lado da quadra, Alice o tempo todo comigo. Quando eu tive completamente certeza que ninguém podia me ver, me transformei de volta em humana. Não foi uma coisa realmente difícil, apenas deixei o fogo do meu corpo me tomar novamente.
Coloquei a roupa que Alice me deu e voltei rapidamente até onde a minha amiga estava.
Ângela estava com os seus olhos abertos. Ela gemia alto de dor, e eu sabia perfeitamente que ela estava se transformando em vampira.
Edward andou até onde eu estava e olhou para Ângela.
Ele se abaixou no chão ao meu lado e me olhou docemente.
_ Ela esta se transformando. – ele olhou para Alice que estava do meu outro lado. – Alice, viu isso.
Parecia que a voz do meu amado estava longe, muito longe. A única coisa que eu pensava naquele momento era se a minha melhor amiga ficaria bem.
Ângela começou a gritar cada vez alto, e eu fiquei em pânico. Eu tentava falar algumas vezes com ela, mais ela apenas gritava.
_ Eles querem falar com você. – disse Edward olhando para trás. Eu acompanhei o seu olhar e vi os lobos me encarando com tristeza.
Olhei para mim por um momento. Minha feridas não estava mais horrível como antes, agora nem a dor eu estava mais sentindo.
Olhei para a minha amiga, eu não queria deixá-la, eu não podia.
_ Ela vai ficar bem.
Escutei a voz longe e baixa de Alice. Aquilo me deu mais forças e eu andei lentamente até os meus irmãos.
_ Você esta bem? – perguntou alguém, mais eu não consegui ver quem era.
_ Estou.
_ Ela vai ficar bem? – continuou a voz.
_ Eu não sei, não sei.
_ O vampiro a mordeu? –  perguntou a voz rouca.
_ Sim. Ela esta se transformando.
Olhei para onde Ângela estava e vi Carlisle a pegando no colo. Ele percebeu o meu olhar e sorriu, e então ele disse.
_ Vamos levá-la para a minha casa. – disse ele para mim, vendo o meu olhar de preocupação.
Eu apenas balancei a minha cabeça, olhei novamente para os lobos.
_Eu vou com eles. Não quero deixar a minha amiga sozinha agora.
Comecei a andar lentamente, mais senti uma mão em meu braço, me virei para olhar e vi o rosto de Jacob preocupado.
_ Se você quiser eu te levo.
_ Obrigada, mais não precisa, Jake.
_ Mais eu faço questão.
_ Eu vou com eles, não se preocupe.
_ Não é hora para ciúmes, Jake. – Sam falou rapidamente me fazendo olhá-lo. Eu realmente estava muito grata por ele ter me ajudado.
Ele tinha completamente razão, não era hora para ciúmes, e Jacob não fazia mais parte da minha vida, ele não tinha mais nada comigo.
_O Sam esta certo.  – andei até o meu anjo e ele sorriu para mim.
_ Vem, eu te levo. – disse Edward pegando a minha mão.

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