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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

The only love Kate Volturi - cap 7

Capitulo 7: Unexpected Encounter

Eu já estava procurando há dias e o poder que eu tinha pegado emprestado de Demetri estava aos poucos desaparecendo.
Eu não conseguia saber ao certo onde estava os Romenos. Eles estavam se movimentando, isso eu poderia saber. Mais eles não saiam da mesma região.
Eu me localizava na pequena cidade de Foslund, em Paris.
Não era realmente uma cidade que poderia ser encontrada em mapas, era uma cidade pequena e sem moradores. Pensando bem, era normal os Romenos estarem em um lugar como esse, sem pessoas, sem testemunhas.
O cheiro doce a cada segundo ficava mais forte, e eu pode perceber que não era apenas três vampiros.
Foslund era mais uma mata fechada, que um dia tinha sido uma cidade de réis. Realmente era bem a cara dos Romenos.
Os pingos da chuva ficaram mais rápidos, e aos poucos, foi se tornando uma tempestade.
Trovoes e relâmpagos começaram a surgir. Mais aquela chuva realmente não era normal. Lembrei do poder de Lucia, ela podia controlar a chuva. Certamente deveria ser ela. E também aquela chuva não estava me molhando, era apenas em um lugar que chovia, mais não me molhava.
Se Lucia estava usando o seu poder, era porque estava acontecendo uma luta.
Corri ainda mais rápido e aos poucos eu pode escutar varias vozes. Vozes desconhecidas e algumas nem tanto.
Finalmente eu cheguei a uma grande clareira. Pude ver que estava acontecendo uma batalha, reconheci Dakota no meio da clareira. Ela estava lutando com uma vampira loira e muito alta, estava na cara que era uma recém-criada. Eu tinha certeza que era obra dos Romenos, eles sempre faziam coisas assim.
Fechei meus olhos e respirei fundo. Tinha uma humana em algum lugar, mais eu não podia realmente encontrá-la.
Tinha mais de duzentos vampiros naquele local, realmente era impossível encontrar a humana.
Um impacto me atingiu com força, eu realmente poderia ter me desviado mais estava ocupada demais procurando à humana.
Antes mesmo que eu pudesse cair no chão,  pulei para a árvore que estava a minha frente.
Tinha sido uma vampira que tinha me atacado, era evidente que era uma recém-criada, não pensava para atacar e isso era o ponto fraco dela.
A vampira ruiva, seu cabelos eram vermelhos alaranjados e lisos. O seu rosto era bem magro e parecia ser bem frágil, parecia.
O seu corpo era pequeno e magro, e ela era um pouco mais baixa que eu.  Ela me olhava e mostrava o dente para mim. Ela estava meio curvada, e o seu pé esquerdo estava mais atrás do outro.
- Você realmente não deveria ter me atacada. – sussurrei sorrindo, quando se tratava de luta era comigo mesmo. Era uma coisa que eu fazia para passar o tempo.
- Estou morrendo de medo. – disse a vampira sorrindo. O seu jeito me lembrava uma onça e isso me fez rir.
- Quem bom. – pulei da árvore, ficando de pé na frente da vampira. – Deveria mesmo.
- Cuidado, Eliza! – escutei alguém gritar. Fazendo-me olhar para a direção da voz. O vampiro que falava era baixo e forte. seus cabelos eram castanhos. Ele não parecia ser um recém-criado e eu tive impressão de já conhecê-lo. – Ela é uma Volturi! – gritou ele, novamente.
Não pude deixar de ver a vampira a minha frente estremecer. O seu rosto estava assustado.
- Não me mate... – sussurrou ela.
- Não vou. – disse por final, depois de alguns minutos. – Mais foi você quem me atacou...
- Não tive intenção. – ela me interromepeu.
Eu sorri. - Claro que teve, mais esqueça. Não vou matá-la.
Escutei passos rápidos na minha direção, mais não me virei. – Você realmente não mudou nada, Kate. – escutei uma voz em meu ouvido, era apenas um sussurrou.
Poderia passar séculos e eu nunca me esqueceria daquela voz. Me virei rapidamente e encontrei um par de olhos vermelhos me encarando.
Olhei para o vampiro que eu conhecia perfeitamente. Seus cabelos negros ondulados levemente para trás, um pouco acima dos ombros, seus olhos eram num tom vermelho, mas também âmbar, seu rosto era angelical e misterioso.

Flash back

O céu estava sem estrelas, caia uma leve chuva sobre o imenso castelo. Volterra estava em completamente caos. Estava tendo uma rebelião e os vampiros, a maioria deles, estava indo embora.
Eu estava com um pouco de receio, Mike era o líder da rebelião e poderia se machucar ou até mesmo morrer. Eu não estava mais agüentando, estava completamente apavorada. Mike era uma pessoa muito importante na minha vida, eu o amava, apesar de não demonstrar.
Mike era comprometido, ou melhor, tinha uma pessoa ao seu lado. Mas parecia que muitas coisas tinham mudado. Ele e Neferet não estavam mais juntos, apensar de Neferet ficar o tempo todo atrás dele.

Neferet era uma vampira muito bonita e poderosa também Ela tinha o poder de criar fogo, e por tanto, era uma das preferidas de Aro.
Neferet era muito antiga, já estava com os Volturi há muito tempo. Ela estava com eles antes mesmo deles serem considerados os réis dos vampiros.
Ela tinha ajudado eles a chegarem onde estavam hoje, e era como se fosse à raiva, mas ela não saia muito e não participava das batalhas, apenas ficava em Volterra, sem fazer nada.
Ela conheceu Mike em 1520, quando ele ainda morava com os irmãos. Ela se apaixonou a primeira vista, assim diz ela.
Os dois ficaram juntos por muito tempo, mais depois que eu conheci Mike, eles nunca tiveram mais juntos, ás vezes penso que é por minha culpa, mas na mesma hora, penso que não.
Eu amava Mike de uma maneira que não podia amar, eu o amava e o queria para mim, mais nunca falei nada.
Mike era um ótimo amigo. Sempre estava comigo, mas o meu amor por ele era muito mais forte que apenas amizade.
Senti um cheiro forte de fogo, e escutei alguns gritos. Corri pelos corredores rapidamente, a procura de Mike.
Quando eu cheguei à praça da cidade, que estava completamente tomada pelo fogo, olhei ao redor.
Mike estava perto da grande figueira, onde ele colocava os vampiros que matou. Ele me olhou e sorriu. Ele estava cansado das maldades de Jane e do egoísmo de Aro. E no fundo, eu também estava.
Corri até onde Mike se encontrava, ele sorria para mim docemente. Ele tocava o meu coração.
- Venha comigo. – disse ele pegando a minha mão. – Não posso ficar longe de ti. – ele completou.
Eu queria ir com ele, mais realmente não podia. Eu sentia que teria que fazer uma coisa realmente importante no futuro, e precisava ficar em Volterra. E eu também queria ficar com Marcus, ele era como um pai para mim, não podia deixá-lo.
- Não posso. – sussurrei, tirando a minha mão da mão de Mike. Os olhos do meu amado ficaram cheios de dor, e isso me causou também.
- Eu amo você, Kate. – disse ele se aproximando cada vez mais de mim. – Não posso perdê-la. – ele segurou o meu rosto com as mãos.
Aos poucos, os nossos rostos estavam ficando mais próximos, e quando percebi os lábios de Mike já estavam nos meus.
Era um beijo calmo, cheio de amor, de ternura, e eu pude sentir que tinha suplica também. Eu queria tanto ir com ele, mais não podia.
- Eu também te amo, Mike. – disse quando os nossos lábios se separaram.
- Então porque não vem comigo? – perguntou ele com uma voz baixa, até mesmo para um vampiro. Eu pude ver a grande tristeza em seus olhos vermelhos.
- Não posso... – sussurrei.
- Vamos, Mike. – gritou um vampiro que se aproximava de nós.
- É melhor você ir... – sussurrei.
Mike parecia estar paralisado, ele apenas me olhava com intensidade. Ele parecia não querer ir.
- Vamos, Mike!- gritou novamente o vampiro. O vampiro agarrou Mike pelo braço e o levou.

 Fim Flash back

- Você também não mudou muito. – disse sorrindo. Eu realmente estava feliz de encontrar o meu velho amigo. Mike foi um Volturi, mais deixou as ordens de Aro e resolveu viver livre. Ele tentou me levar com ele, mais eu não podia deixar Marcus, ele era como um pai para mim. Mike não matava humanos, se alimentava de bolsas de sangue. Ele também era contra matar pessoas inocentes. – O que faz aqui? – perguntei. Depois que o meu choque passou.
- Nós vimos nos divertir. – disse ele para mim. Seu sorriso era lindo, misterioso.
- Vocês realmente são loucos. – murmurei. Se meu coração ainda estivesse batendo estaria saindo pela boa.
- Temos que arrumar uma forma de diversão. – disse ele.  Seu francês o deixava mais atraente. Ele realmente não tinha mudado em nada.
- Sua diversão é loucura. – disse sorrindo. Antes de Mike sair de Volterra ele disse que me amava, e eu também o amava, mais tinha se passado tanto tempo que não deveria mais importar. Mike foi o meu primeiro amor. Com ele eu aprendi tudo, o valor da amizade, o meu primeiro beijo, o amor.
Quando eu conheci Mike, eu fiquei com muito medo dele, mais as coisas mudaram tão derepente. Eu não conhecia Alec naquela época. Alec vivia viajando e eu não o conhecia.
- Acho que você já conheceu a Eliza. – disse Mike, olhando para a vampira ao meu lado. Por um momento eu tive medo que eles tivessem algo, mais eu não poderia pensar algo assim, eu tinha o renegado. Tinha o deixado partir, sozinho.
Eu nunca amei Félix realmente, com ele era mais desejo, mais com Mike era como tocar o meu coração.
- Acho que sim. – sussurrei. A vampira sorriu para mim e depois olho para a clareira a nossa frente.
- O que está acontecendo aqui? – perguntei, tentando me concentrar na minha tarefa. A vampira sorriu para mim e saiu, deixando eu e Mike sozinhos.
- Os Darkart declararam guerra aos Romenos. – disse ele rapidamente. – Você me conhece, quando fiquei sabendo que teria uma batalha resolvi vim aqui, me divertir um pouco.
- Você pode morrer. – sussurrei, sem esconder a preocupação na minha voz. – Afinal, são todos recém-criados.
- Eu sei me cuidar, Kate. – disse ele olhando para a clareira. Algo na sua voz me machucou, muito. Talvez ele ainda me odiasse por não ter isso embora com ele.
- Mike... - sussurrei depois de alguns minutos.
Ele virou a cabeça e colocou os seus olhos nos meus. – Sim?
- Nada. – resolvi não dizer o quanto senti saudades. Não era justo dizer. Eu que tinha o deixado ir.
- Quanto tempo, Kate! – escutei uma voz se aproximando de mim. Era o mesmo vampiro que tinha gritado naquela hora. O vampiro se aproximou de mim e me abraçou. Eu tinha a impressão de conhecê-lo, mais não tinha certeza.
Eu fiquei meio confusa, não era normal os vampiros se abraçarem. Olhei meio confusa para Mike.
- Esse é Henry. – disse ele sorrindo. – Henry tem o poder de ver as memórias das pessoas com as mãos, ele não controla realmente oque quer ver, mas... É como se ele já te conhecesse.
- O que Mike está dizendo é verdade. È como se eu já te conhecesse, e também Mike sempre está pensando em você nos últimos anos. Acho que isso influencia o meu poder...  – disse Henry  sorridente. Eu realmente queria acreditar nas palavras do vampiro, mais Mike estava tão indiferente a mim. – Acho que você já conheceu a minha garota. – disse ele, passando seu braço em volta da vampira, eles se olharam  por uns segundos e depois os dois sorriram.
- Bom, eu tenho que ir. – disse me lembrando da minha missão. O motivo de estar ali.
Olhei para eles e sorri gentilmente, Mike ainda parecia indiferente e isso fez o meu coração doer, mais eu conseguia deixar o meu rosto vazio, sem deixar a dor aparecer.
- Já? – perguntou Henry, com o rosto chateado, ele agia como se me conhecesse há anos, e isso me fez sorrir.
- Eu vim aqui por um motivo, e tenho que fazer o que vim fazer. – disse tentando ser gentil, mais estava difícil com a dor em meu peito. Olhei para Mike, talvez eu o visse outra vez. – Foi bom te ver. – minha voz saiu triste e isso fez Mike me olhar nos olhos. – Também foi bom conhecer vocês. – disse olhando para o casal.
Olhei para eles e comecei a andar. Fechei os meus olhos e prestei atenção no que estava acontecendo a minha volta.
Tinha uns vampiros que estavam falando ao mesmo tempo, não prestei atenção no que eles diziam.
Então senti o cheio familiar, um cheiro que nunca se esquece. Era o cheio de Lucia, ela estava bem mais longe de mim. Se ela estava lá os outros também estariam.
Corri para a direção onde estava Lucia. Ela estava perto de uma rocha grande e pontuda. Estava lutando contra um vampiro moreno. Eles se moviam rapidamente, mais não prestei atenção. Olhei em volta, tinha um fraco perfume, me fazendo fechar os olhos. Minha garganta ardia e estava ficando cada vez pior, mais mesmo assim, eu ainda podia me controlar.
Senti como se estivesse sendo observada e olhei para a direção aonde vinha à sensação.
Vladimir estava me encarando, seus olhos me faziam ter a pior sensação do mundo, pensando bem, a pior foi ver a indiferença de Mike.
O vampiro vacilou e olhou para frente, e eu pude ver Stefan. Ele estava com uma pessoa em seus braços, a cabeça da jovem estava largada. Um aperto invadiu o meu coração.
 Vladimir olhou assustado para o companheiro e Stefan olhou na minha direção. No mesmo momento comecei a correr atrás deles. Eles eram rápidos, mas não mais que eu.
Eles sorriram e de vez em quando olhavam para trás. Minhas pernas se movimentaram rapidamente, então como uma reação automática, eu nem mesmo pensei. Pulei nas costas de Vladimir, o fazendo cair no chão.
- Você realmente não aprende criança? – disse ele se levantando. – Não podes lutar contra mim. – disse ele sorrindo.
- Eu realmente espero que esteja enganado. – disse no mesmo tom que ele. Com o mesmo sorriso. Eu não queria realmente lutar com ele, mas era preciso. Eu tinha que pegar a humana, pensando naquilo eu me arrependi. Será que a humana seria maltratada? Sofreria?
Eu não gostava de ver a dor dos humanos, pelo contrario, os amava. Se eu soubesse de alguma coisa, se Aro pretendesse machucar a jovem, eu não pensaria duas vezes, a deixaria ir embora e se fosse preciso ficaria com ela para protegê-la.
Vladimir continuou me encarando. Como um movimento rápido, me desviei dele e continuei correndo atrás de Stefan. O vampiro mais baixo não era realmente muito rápido e eu pude alcançá-lo com facilidade. Ele ficou completamente encurralado. Tinha uma muralha a sua frente e ele me olhou.
  - Não vou deixar você a levá-la para Aro. – disse ele rapidamente. Dava-se para ver que ele estava nervoso, nós já tínhamos lutado e eu quase o matei.
- Não vou deixá-la com você. – falei.
- Porque que você tem que complicar? – perguntou ele. – Não podes deixá-la comigo?
- Felizmente eu não posso. – sussurrei. – Não posso deixar ela com você.
- Você está tirando ela de mim e entregando para um vampiro muito pior. – disse ele. Ele realmente tinha razão Aro era um mostro egoísta. Ela não podia ficar com ele, mais o que eu fazia então?
- Não importa. – disse como se estivesse confiante, mais no fundo não estava. Eu estava tentando me decidir.
- Você vai deixá-la morrer? Logo você que sempre amou os humanos?
- Você não vai conseguir me persuadir. – afirmei.
- Você realmente é uma menina teimosa. – disse ele. Ele tinha certo fascino  em seus olhos, mais ignorei.
- Acho que sim. – disse eu. Eu estava casada de conversar.
Sorri para Stefan e, quando ele menos esperava, eu já tinha pulado em cima dele. Ele tentou se desviar mais não conseguiu.
- Kate? – escutei uma voz familiar.
Olhei para trás por uns segundos. Mike estava me olhando confuso e os seus olhos estavam cheios de desgosto.
Voltei os meus olhos para Stefan e ele estava olhando para Mike paralisado. Eles nunca se gostaram.
Aproveitei a situação e peguei a humana que estava no canto da muralha. A peguei delicadamente, com todo o cuidado. Coloquei a sua cabeça em meu ombro e olhei para Mike, ele estava me encarando com receio. Stefan estava ainda paralisado.
- Vamos, Mike. – disse indo perto dele, e pegando o seu braço. Mesmo com a humana em meus braços, eu ainda podia usar a outra mão.
Olhei por uns instantes o rosto da jovem em meus braços. Ela era muito nova, e já estava grávida. Os seus cabelos eram pretos e longos, o seu rosto era doce. Ela me lembrava a minha irmã, tentei afastar os meus pensamentos em relação a minha irmã, a dor começava a invadir o meu peito, e depois de alguns minutos ela estava ficando insuportável.
Mike lançou um olhar mortal para Stefan e depois me acompanhou. Corremos rapidamente pela mata, Mike estava diferente e uma sensação de perda me atingiu. Ele não olhava e nem me tocava quando uma árvore nos deixava encurralados e me fazia ficar mais próxima dele.
Ele realmente deveria me odiar, mais parecia que estava de alguma forma pior que antes.
Andamos durante horas, em silêncio. Não tinha mais nenhum cheiro de vampiro a nossa frente.
Paramos em uma clareira pequena.  Eu coloquei a jovem que estava em meus braços na grama macia.
A jovem parecia estar com um pouco de frio. Tirei a blusa de frio que estava amarada na minha calça e coloquei na jovem. Ela continuava adormecida.
Virei-me para Mike, ele estava sentando no chão, olhando para a direção oposta de onde eu estava.
- Mike? – a minha voz era apenas um sussurrou. Ele não olhava para mim, e aquilo partiu o meu coração.
Andei em sua direção e parei na sua frente, e ele virou a cabeça para o outro lado.
- Não faça isso comigo. – sussurrei me abaixando na sua frente e pegando o seu rosto, o fazendo olhar para mim. – Porque está agindo assim comigo?
- Eu estou agindo normalmente. – disse ele me encarando. – Agindo como eu ajo com uma conhecida.
Aquelas palavras me machucaram, mais não liguei.
Eu virei e me levantei. Não adiantava mais dizer nada.
Aproximei-me da humana e coloquei-a em meus braços.
- Você realmente vai levá-la para o Aro? – perguntou Mike.
Olhei para ele, seus olhos estava mais escuros, não pude entender os sentimentos que se misturavam neles.
- Vou. – respondi somente.
- Eu realmente não te conheço mais, Kate. – disse ele se aproximando de mim. -  Você não é mais a minha Kate. – ele disse isso e se virou.
- Espere, por favor! – me aproximei.
Mike demorou um pouco, mais finalmente se virou para mim. – O que?
- Eu senti saudade. – sussurrei automaticamente.
- Você não gosta mais dos humanos? – perguntou.
- Claro que gosto. Porque está falando isso?
- Então porque vai levá-la para Aro? Andes você não faria isso. – disse ele tristemente. – Acho que não te conheço mais.
As palavras deles me machucaram. Mais tinha um pouco de verdade nelas, eu não podia levá-la para Aro, mais eu estaria o tempo todo com ela. Não a deixaria desprotegida.
Mike se virou para mim e se foi rápido demais.

Pelos olhos de Mike:

Ver Kate depois de muito tempo fez o meu coração doer, mais no mesmo instante eu estava feliz.
Eu ainda a amava com todo o meu coração, e nunca deixaria de amar. Era estranho ver Kate na minha frente depois de muito tempo.
Ela parecia estar preocupada, distante. Eu tinha me esquecido de como ela era bela, se bem, que na minha memória ela era linda, mais pessoalmente não pode se comparar.
Os olhos vermelhos de Kate estavam fitando o nada, parecia que estava em outro lugar, em outra época.
Será que Félix tinha conquistado a Kate? Será que eles estavam juntos?
Félix sempre deixou claro o seu sentimento e eu também nunca escondi. Mas Kate nunca pareceu amar Félix de verdade. Mais muitas coisas podiam ter mudado em 102 anos. Eu nunca tive coragem de procurá-la novamente, meu coração ainda doía muito pela rejeição.
Neferet ainda me procurava com freqüência, e algumas vezes eu acabava me entregando a ela, mesmo amando Kate. Mas parecia que ninguém tiraria Kate do meu coração, nem mesmo a sedutora Neferet.
Eu cheguei a pensar que oque eu sentia por Neferet era amor, mais estava completamente enganado. Eu só fui saber oque era amor de verdade quando conheci Kate.
O que tinha entre mim e Neferet era corporal, e entre mim e Kate era como tocar o meu coração paralisado.
Nunca mais tive coragem de me aproximar de Volterra, mesmo Aro sempre me dizendo que eu poderia voltar. Eu não poderia suportar ver Kate com Félix. Aquele sim sabia ser irritante.
- Você também não mudou muito. – disse ela. Sua voz ainda era doce e fina.
Tentei não olhar para ela, mais era impossível não estremecer diante dela.
Olhei ao redor rapidamente a procura de Neferet. Ela tinha me feito a trazer, sem eu nem mesmo querer, realmente.
Eu não queria que Kate soubesse que eu estava com Neferet, ela poderia pensar que tinha algo entre nós, mais não era totalmente verdade.
– O que faz aqui? – perguntou Kate me tirando dos meus pensamentos. Sua voz estava um pouco mais rouca, ela parecia estar chocada com algo.
- Nós vimos nos divertir. – disse sorrindo. Os olhos se Kate brilharam por uns instantes, tentei me concentrar em não me iludir novamente. Kate já tinha feito muito estrago no meu coração. E ainda continuava fazendo.
- Vocês realmente são loucos. – murmurou ela sorrindo. O sorriso dela era como se posse o sol, me tirando no fundo do poço. Ela fez uma careta derepente, mais pareceu não perceber.
- Temos que arrumar uma forma de diversão. – disse. Minhas palavras acabaram saindo em Francês e isso fez Kate sorrir um pouco. Mesmo eu sendo um vampiro ainda ficava nervoso diante dela. Não conseguia pensar racionalmente, eu parecia um menino de 15 anos, falando com o primeiro amor. Eu não tinha 15 anos, mais realmente estava conversando com o meu único e verdadeiro amor.
- Sua diversão é loucura. – disse ela baixinho.
- Acho que você já conheceu a Eliza. – murmurei olhando para Eliza que estava muito silenciosa. Ela parecia estar gostando em me ver completamente nervoso, ela era realmente uma ótima amiga. Muitos pensavam que ela era uma recém-criada mais não era. Ela sempre agia sem pensar, essa era a semelhança entre ela e os recém-criados.
- Acho que sim. – disse Kate. As duas vampiras tocaram um sorriso gentil.
Eliza parecia estar muito preocupada, ela estava olhando para a clareira a nossa frente. Eu não precisava perguntar o motivo da sua preocupação. Henry ainda estava no meio da clareira lutando com alguns vampiros no mesmo instante, ele parecia estar se divertindo. Ele era completamente obcecado por luta. Ele era o motivo real de eu me encontrar naquele lugar, às vezes ele parecia ter 5 anos. Como era irritante...
- O que está acontecendo aqui? – perguntou Kate, me fazendo olhar para ela.
Eliza sorriu e começou a andar, ela realmente estava muito preocupada com Henry.
- Os Darkart declararam guerra aos Romenos. – disse rapidamente. Tentando não pensar que Kate estava muito perto de mim. Eu tinha um desejo enorme de abraçá-la, mais não faria isso. – Você me conhece, quando fiquei sabendo que teria uma batalha resolvi vim aqui, me divertir um pouco.
- Você pode morrer. – disse ela. Sua voz tinha muita preocupação, mas eu não podia me iludir, não poderia acreditar que haveria algo entre nós novamente, mesmo querendo muito isso. – Afinal, são todos recém-criados. – completou ela.
- Eu sei me cuidar, Kate. – disse parecendo estar indiferente. Mas no fundo, eu queria acreditar que ela me amava, mais não podia. Porque se eu acreditasse sairia machucado novamente.
Eu ainda não tinha me curado, não podia abrir outra ferida.
- Mike... – sussurrou ela, depois de algum tempo.
Virei a minha cabeça e a encarei. – Sim?
- Nada. – disse ela abaixando a cabeça. Ela parecia ter mudado de idéia sobre oque iria me falar, e deveria ser melhor assim.
Pode ver Henry se aproximando, ele sorria e olhava para Kate. Eu realmente não queria que ele conversasse com ela, ele poderia me dedurar.
- Quanto tempo, Kate! – disse ele, indo até Kate e a abraçando. Dava-se para ver que Kate estava confusa, seus olhos demonstrava isso.
Esperei até que o irritante de Henry largasse Kate, eu teria que explicar o motivo daquele abraço.
- Esse é Henry. – disse sorrindo. – Henry tem o poder de ver as memórias das pessoas com as mãos, ele não controla realmente o que quer ver, mas... É como se ele já te conhecesse. – expliquei rapidamente.
- O que Mike está dizendo é verdade. È como se eu já te conhecesse, e também Mike sempre está pensando em você nos últimos anos. Acho que isso influencia o meu poder...  – disse Henry  sorridente. Eu realmente sabia que ele daria um jeito de me dedurar, como sempre. Fiquei olhando para o nada, não queria parecer fraco diante de Kate, não era uma coisa machista, era mais para me defender. Eu que convivia com a minha dor, e seria pior quando ela me deixasse novamente. – Acho que você já conheceu a minha garota. – disse Henry passando o seu braço em volta de Eliza. Eu realmente ficava de saco cheio desses dois. Eu que acabava ficando de vela, todos os dias. Eu que tinha que escutar o que eles faziam no meio da noite... não podia me lembrar daquelas coisas constrangedoras. Eu realmente odiava tudo aquilo.
- Bom, eu tenho que ir. – disse Kate. Eu sabia que ela tinha que ir, mais não queria. Eu tinha um forte desejo de me ajoelhar em seus pés e implorar que ela não me deixasse. Mais simplesmente agi como se fosse uma coisa normal, como se eu não me importasse mais com ela – o que era totalmente mentira -.
- Já? – perguntou Henry, com o rosto chateado.
- Eu vim aqui por um motivo, e tenho que fazer o que vim fazer. – disse Kate rapidamente. Eu olhei para ela rapidamente. Certamente ela estaria ali porque Aro a mandou.  Ela me olhou e desta vez eu não tirei os meus olhos dos dela. . – Foi bom te ver. – a voz dela saiu triste e abafada. Tentei controlar o meu forte desejo de abraçá-la, de reconfortá-la. Depois de alguns minutos ela tirou os seus olhos dos meus, e olhou para o casal que estava a nossa frente. – Também foi bom conhecer vocês.
Kate andou lentamente indo para a clareira, em poucos segundos, ela desapareceu rapidamente. Eu realmente tinha sido um idiota de não ter lhe dito o quanto eu ainda a amava.
- Você realmente deveria a ter tratado melhor. – disse Henry. Os seus olhos estavam bravos. – Você realmente é um idiota de não ir atrás dela...
- Não posso... – sussurrei o impedindo de falar.
- Se você realmente a ama deve ir atrás dela. – disse Eliza.
- Mike, querido. – escutei a voz de Neferet ao longe. Henry e Eliza não gostavam de Neferet, eles simplesmente a odiavam.
- Bom, nós já estamos indo... – disse o casal, juntos. Depois de alguns segundos eles desapareceram completamente.
Senti suas mãos em volta de meu corpo, me fazendo estremecer. – Sentiu saudades? – perguntou Neferet em meu ouvido.
- Claro. – menti.
Virei-me rapidamente e olhei para Neferet. Neferet era a mulher mais sedutora que eu tinha conhecido na minha longa vida.
Ela tinha olhos enormes vermelhos rubis profundos – mais isso todos os vampiros tinham. Seu rosto tinha o formato quase perfeito de coração e sua pele tinha aquele tipo de sedosidade impecável. Seus cabelos eram vermelhos profundos – nada daquele vermelho alaranjado em aloura e sim um ruivo acastanhado escuro e brilhante que caíam em pesadas ondas pelos ombros. Seu corpo era, bem, era perfeito. O corpo desta mulher era perfeito porque ela era forte, tinha muitas curvas.
Mais nada se comparava com Kate. Kate parecia um anjo – diferente de Neferet.
Os seus cabelos eram negros e caiam levemente pelas costas. O seu rosto era angelical, e quando ela sorria parecia que eu morreria a qualquer momento.
O seu corpo era bem definido e perfeito. Aquela sim era a dona do meu coração.
- Eu também senti saudades de você, querido. – Neferet disse e se aproximou cada vez mais de mim. Suas mãos percorriam o meu peito, por cima da camisa.
- Será que você pode me esperar aqui? – perguntei, tirando os braços de Neferet em cima de mim.
- Claro. – disse ela somente.
Eu não queria magoar Neferet, mais também não podia ficar a iludindo, não era certo.
Neferet sempre soube que o amor da minha existência era e sempre seria Kate, mais ela fingia não saber.
Corri pela floresta seguindo o suave perfume de Kate. Em poucos segundos, eu já podia a ver.
Ela estava no chão em cima de Stefan. Os dois pareciam estar lutando, tinha uma humana no canto. Deles deveriam estar lutando pela humana.
Será que Kate tinha mudado tanto assim? Será que ela não era mais a minha doce Kate?
- Kate? – perguntei mais para mim.
Kate virou a cabeça para mim, os seus olhos me encaravam com intensidade. Depois de alguns segundos ela voltou os seus olhos para Stefan. Eu e ele nunca nos damos bem, e na ultima vez nós quase nos matamos.
Stefan estava me olhando, os seus olhos tinham medo. Ele estava completamente paralisado.
Kate se levantou rapidamente, aproveitando a situação, pegou a jovem que estava no canto, a colocando em seus braços com delicadeza.
Depois que a humana estava perfeitamente alinhada nos braços de Kate, os olhos da minha amava venho em minha direção.
Ela se aproximou de mim rapidamente, olhando para Stefan que estava completamente paralisado.
- Vamos, Mike. – disse Kate se aproximando ainda mais de mim, e pegando o meu braço. Era como se eu estivesse tomando um choque de uma voltagem muito grande. Mas, mesmo assim, eu ainda não acreditava no que meus olhos estavam vendo.
Eu lancei um olhar de aviso para o vampiro que estava completamente paralisado, não haveria próxima vez.
Acompanhei Kate ainda completamente chocado. Então aumentamos a velocidade e corremos o mais rápido que podemos – o que não era pouco.
Eu não estava suportando olhar para Kate e nem mesmo tocá-la, quando as árvores nos abrigavam a ficar mais próximos eu me encolhia para não tocá-la.
Depois de algumas horas, chegamos a uma linda e pequena clareira. Era realmente um lugar maravilho, o seu verde era intenso e brilhante pelo sol. Tinha algumas pedras e rochas a nossa volta.
Observei Kate pelo canto dos olhos, ela estava colocando a humana sobre a grama lentamente, tomando cuidado para não acordá-la.
Notei que a humana tremia suavemente e lentamente, Kate também percebeu. Ela pegou a blusa que estava amarada em sua cintura, na altura da calça, e colocou na humana com cuidado.
Sentei-me no chão rapidamente, olhando a minha volta.
- Mike? – sussurrou Kate. Eu estava confuso demais para olhá-la.
Escutei os passos leves de Kate e depois o sol desapareceu da minha frente, pude ver que era a Kate que estava tampando o sol.
Virei a minha cabeça para a outra direção, tentando não encontrar os olhos de Kate.
- Não faça isso comigo. – sussurrou. Kate se abaixou na minha frente e pegou o meu rosto delicadamente, me fazendo olhá-la. – Porque está agindo assim comigo?
- Eu estou agindo normalmente. – disse a encarando. – Agindo como eu ajo com uma conhecida.
Naquele momento eu tive certeza que tinha magoado Kate profundamente, e eu me odiei por isso.
Kate se levantou rapidamente e se virou, indo até a humana. Ela recolocou a humana em seus braços docemente e com todo cuidado.
- Você realmente vai levá-la para o Aro? – perguntei. Minha voz estava mais rouca que o normal.
Os olhos de Kate venho em minha direção, novamente. E ela respondeu: - Vou.
- Eu realmente não te conheço mais, Kate. – murmurei para mim, depois me levantei e me aproximei de Kate. -  Você não é mais a minha Kate. – as palavras estavam me sufocando. Virei-me para não mostrar a dor que eu estava sentindo para Kate.
O meu medo tinha realmente acontecido. Kate tinha virado uma serva de Aro e não amava mais os humanos, eu estava completamente decepcionado. Era como se a mulher que eu amasse estivesse morrido. E que estava outra em seu lugar.
- Espere, por favor! – implorou Kate e se aproximou de mim, eu pude ouvir os seus passos leves.
Fechei os meus olhos e tentei arrumar coragem para olhá-la. Virei-me rapidamente. – O que?
- Eu senti saudade. – disse ela me machucando ainda mais.
- Você não gosta mais dos humanos? – perguntei mudando de assunto.
- Claro que gosto. Porque está falando isso? – perguntou ela parecendo confusa.
- Então porque vai levá-la para Aro? Andes você não faria isso. – disse tristemente. - Acho que não te conheço mais. – quando eu terminei de dizer, isso me virei e a deixei.
Eu pensava que não tinha como ficar pior, mais tinha sim, estava completamente enganado.
Era como se não tivesse mais nada a que valesse a pena lutar. Eu tinha perdido a guerra, tinha perdi Kate.
Aquela que eu vi não era a minha doce Kate, e nunca seria. Kate nunca deixaria um humano indefeso, desprotegido.
Ela nunca entregaria uma pessoa inocente nas mãos de Aro, ela o odiava, ou era isso que eu pensava.
Uma imagem tomou a minha mente. Kate e Jane estavam de mãos dados, elas estavam com as roupas totalmente pretas, e os mantos também.
As duas sorriam maliciosamente e maldosamente também. O olhar de Kate estava completamente maligno e totalmente sem humanidade.
Aro estava atrás das duas, com uma mão no ombro de Kate e a outra no ombro de Jane.
Félix também estava lá. Ele estava sorrindo, um sorriso de vitória.
Ele olhava para Kate e ela sorria para ele.
Kate estava usando um batom vermelho, como Neferet.
Não tinha nenhum traço da minha Kate naquela. Definitivamente não era ela.

1 comentários:

Däkar Monsalbant disse...

Gostei do seu Blog... Singular e obscuramente criativo, uma das poucas qualidades talvez, anônimas de um escritor. Ele revela uma percepção noturna dinâmica nada ociosa.
Então, está aí o meu convite a visitar os meus se tiver interesse: dancadosvampiros.wordpress.com e
vampirbooks.wordpress.com
atenciosamente.

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